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Trump na Casa Branca: O Federal Reserve em Alerta Contra Novos Desafios Inflacionários

Trump na Casa Branca: O Federal Reserve em Alerta Contra Novos Desafios Inflacionários

A batalha do Federal Reserve para manter a inflação sob controle provavelmente enfrentará novos desafios caso Donald Trump reconquiste a Casa Branca. Essa dinâmica poderá colocar o banco central dos EUA novamente na mira do ex-presidente republicano.

Impacto das Políticas Tarifárias e de Imigração

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Uma ampla gama de economistas considera que a agenda tarifária de Trump, juntamente com os objetivos de deportar milhões de trabalhadores sem documentos e a probabilidade de aumento dos déficits, reacenderá as pressões sobre os preços que agora estão diminuindo. Esse cenário provavelmente levará o Fed a adotar uma política monetária mais restritiva do que a prevista atualmente.

Os analistas preveem que o plano de Trump de impor tarifas gerais de 10% sobre os produtos importados — e taxas ainda mais altas sobre os produtos chineses — geraria um aumento único na inflação. Além disso, as deportações aumentariam os salários dos trabalhadores remanescentes, intensificando ainda mais a pressão inflacionária.

Previsões Econômicas e Reações do Fed

Um modelo da Oxford Economics que analisa as prováveis posturas políticas dos candidatos prevê que, em um segundo governo Trump, uma medida de inflação acompanhada de perto pelo Fed, excluindo os preços de alimentos e energia, atingiria um pico entre 0,3 e 0,6 ponto percentual acima do esperado segundo a legislação e política orçamentária atuais. Em contraste, sob um governo democrata liderado pela vice-presidente Kamala Harris, a inflação excedente seria de apenas 0,1 a 0,2 ponto percentual.

O recrudescimento da inflação seria um revés significativo para o Fed, que, após aumentos agressivos das taxas, está prestes a reprimir uma inflação persistente, agora recuando em direção à meta de 2%. Os mercados atualmente projetam um corte nas taxas de juros dos EUA em setembro, com mais cortes subsequentes.

Opiniões dos Especialistas

Mark Sobel, presidente do Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras dos EUA e veterano do Departamento do Tesouro, afirma que “o programa econômico de Trump é inerentemente inflacionário”. Segundo ele, tarifas mais altas, uma política fiscal expansionista e deportação em massa de imigrantes combinariam para elevar a inflação e as taxas de juros a níveis mais altos do que seriam de outra forma.

Diane Swonk, economista-chefe da KPMG U.S., complementa que os aumentos de tarifas de Trump, juntamente com uma restrição “acentuada” aos trabalhadores estrangeiros, significam “um ressurgimento” da inflação. Isso provavelmente forçaria o Fed a manter as taxas nos níveis atuais por “muito mais tempo”.

Oscar Muñoz, estrategista-chefe de macro dos EUA da TD Securities, destaca que a abordagem comercial de Biden e Kamala “permanece a léguas de distância do que Trump vem propondo em relação à política tarifária”. Ele não vê essas políticas representando um risco significativo para as previsões de inflação e crescimento.

Perspectivas Futuras

Os analistas da Evercore ISI acreditam que o Fed responderá mais lentamente do que os mercados a uma nova perspectiva caso Trump vença. No entanto, uma vitória de Trump poderia fazer com que os formuladores de política monetária reduzissem alguns dos cortes agora esperados para o próximo ano, podendo até mesmo incluir um aumento da taxa no final de 2025.

Questionada sobre como a agenda política de Trump contrariaria as expectativas dos economistas em relação a uma inflação mais alta, a secretária de imprensa nacional da campanha de Trump, Karoline Leavitt, afirmou: “O povo americano não precisa que os economistas lhes digam qual presidente colocou mais dinheiro em seus bolsos”.

Ela concluiu dizendo que “quando o presidente Trump estiver de volta à Casa Branca, ele reimplantará sua agenda pró-crescimento, pró-energia e pró-emprego para reduzir o custo de vida e elevar todos os americanos”.

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