Nesta terça-feira, as taxas dos DIs registraram queda, respondendo aos dados de inflação divulgados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Os números sugerem uma continuidade no arrefecimento de preços e fortalecem a expectativa de taxas de juros mais baixas em ambas as nações.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,28% em novembro, levemente acima do mês anterior, porém abaixo das expectativas da pesquisa da Reuters. Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,1% em novembro, indicando um aumento de 3,1% nos últimos 12 meses.
A percepção nos mercados é que o Banco Central do Brasil deve manter o ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual da taxa Selic, enquanto nos EUA, embora os números sugiram um Federal Reserve conservador, há a possibilidade de cortes de juros no primeiro semestre de 2024.
Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, destaca que os indicadores estão alinhados com as estratégias dos respectivos bancos centrais. Tanto o Copom no Brasil quanto o Fomc nos EUA anunciarão suas decisões sobre juros na quarta-feira, e os investidores estão atentos às sinalizações para futuras políticas monetárias.
No fechamento desta terça-feira, a curva a termo indicava 100% de chances de um corte de 0,50 ponto percentual na Selic. Para o próximo encontro, em janeiro, a expectativa é de outro corte de 0,50 ponto percentual. As taxas dos DIs refletem essas expectativas, com a taxa para janeiro de 2025 em 10,255% e para janeiro de 2026 em 9,895%.