A Taesa (TAEE11) reportou os resultados do 3T24, com queda nas principais linhas do demonstrativo.
A receita líquida da Taesa recuou 1,2% ante o 3T23, para R$ 592,5 milhões, afetada pelo ajuste negativo de algumas concessões indexadas ao IGP-M, além de receitas não-recorrentes que ajudaram a companhia no 3T23.
Esses efeitos foram parcialmente compensados pelos reajustes tarifários positivos de ativos indexados ao IPCA, além de energização de novos trechos.
Taesa consegue enxugar gastos
Por outro lado, a companhia conseguiu ser eficiente na linha de gastos, que ficaram praticamente estáveis na comparação anual (-0,2% vs 3T23), mesmo com uma base de comparação difícil, já que o 3T23 tinha sido ajudado pelo recebimento de indenizações.
Ainda assim, o Ebitda da Taesa acabou recuando 1,2%, para R$ 487,6 milhões, com pequena pressão de -0,2 p.p. na margem. Ajustado por efeitos não-recorrentes, o Ebitda teria sido de R$ 495,1 milhões, um pouco melhor, mas ainda um pouco abaixo das estimativas.
A parte boa é que essa piora do Ebitda foi mais do que compensada pela melhora do resultado de equivalência patrimonial das participações em outras concessões, que subiu 22%, para R$ 125,4 milhões, explicado por reajustes tarifários e entrada em operação de Ivaí.
No entanto, o resultado financeiro piorou cerca de R$ 30 milhões, principalmente por conta de variações monetárias e cambiais, o que combinado com o aumento no pagamento de impostos culminou em uma queda de 6% do lucro líquido, para R$ 307 milhões, abaixo das estimativas.
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TAEE11 anuncia pagamento de dividendos
Apesar da queda, a companhia aproveitou o lucro para anunciar R$ 230 milhões em dividendos de TAEE11 e JCP, que equivalem a R$ 0,67 por ação da Taesa, aproximadamente 1,9% de yield sobre o fechamento de ontem (6).
Apesar de ser atualmente uma boa pagadora de dividendos, vemos as ações TAEE11 bem precificadas neste momento, por mais de 11x lucros esperados para 2025. Por isso, seguimos com recomendação neutra para a companhia.
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