Apesar de o Brasil ainda estar no meio da temporada de resultados do 3T24, nos EUA 70% das empresas do S&P 500, principal índice de ações americanas, já reportaram seus balanços, que têm superado as expectativas de crescimento dos lucros.
Segundo Enzo Pacheco, analista de mercados internacionais da Empiricus Research, até o final de setembro era projetada uma expansão de 4,3% nos lucros das companhias que compõem o índice. Atualmente, o aumento já alcança 5,1%.
“Caso encerre o trimestre nesse patamar, será o quinto trimestre consecutivo de crescimento dos lucros para o índice”, comenta o especialista.
Por que o crescimento dos lucros das companhias do S&P 500 tem superado expectativas?
Pacheco atribui a melhora aos números “bem acima do esperado” no setor de Serviços de Comunicação. Como exemplo, ele cita os balanços reportados por Alphabet (US$2,12/ação, ante US$1,55/ação esperado) e Meta Platforms (US$6,03/ação vs. US$4,39/ação).
“Por outro lado, mesmo com resultados bons das outras big techs, o setor de Tecnologia da Informação vem apresentando um crescimento bem menor do que o esperado inicialmente (6,4%, ante 15,5% projetado), em grande parte com o lucro por ação divulgado pela Apple (US$0,97/ação vs. S$1,60/ação)”, explica o analista.
O impacto se deu por uma cobrança extraordinária de impostos na União Europeia que, retirado da conta, mostraria um lucro por ação em linha com o projetado pelo mercado.
“Só que, dada a valorização recente do setor, a performance relativa ao S&P 500 atingiu o mesmo patamar do observado na época da bolha das ‘pontocom’, o que pode ser um dificultador para que investidores continuem apostando nessas ações”, avalia Pacheco
Quais as melhores ações internacionais para investir nesse cenário?
Apesar de considerar os valuations das empresas de tecnologia muito “esticados” no momento, Pacheco acredita que os últimos resultados, tanto das big techs como das empresas fornecedoras de chips, têm demonstrado um grande apetite da companhias para conseguirem se manter na liderança no segmento da Inteligência Artificial.
“Nesse sentido, entendo que o investidor deveria manter uma exposição, ainda que pequena, ao segmento de semicondutores, especialmente às ações de AMD (A1MD34), tida como uma das principais rivais da Nvidia – apesar de ainda estar bem distante de seu patamar”, recomenda o especialista.
Além desse papel, Pacheco selecionou outras 9 ações internacionais que fazem sentido para o seu portfólio neste momento de dólar elevado, eleições americanas e decisão do Fed sobre os juros americanos. Confira os nomes e as teses das empresas neste relatório gratuito.
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