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Renda fixa: 4 dicas de CDBs para investir na semana após queda do IPCA

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Imagem: Pexels

Nesta semana, o dado mais recente de inflação dos Estados Unidos e suas implicações para a expectativa de início do ciclo de flexibilização de política monetária na maior economia global foram destaques no noticiário econômico. Além disso, o IPCA de julho e do possível ajuste de expectativas de inflação e juros no relatório Focus do Banco Central.

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Nos EUA, o índice de inflação (CPI) de junho foi o grande destaque positivo da agenda macroeconômica. O indicador registrou deflação de 0,1% m/m, enquanto a expectativa dos analistas era de uma alta de 0,1% m/m.

Entre os detalhes, a queda do preço de energia contribuiu consideravelmente para a queda do indicador, com redução de 3,8% do preço da gasolina no mês. Além disso o núcleo cresceu 0,06%, abaixo dos 0,2% esperados com a redução da contribuição da inflação de aluguéis (do proprietário e do inquilino). O super-núcleo (que exclui itens voláteis e aluguéis) registrou queda de 0,05% em junho, devido a forte queda de passagens aéreas e redução de serviços médicos.

Inflação dos EUA surpreende dando “passo para trás”

De maneira geral, os dados de inflação nos EUA do segundo trimestre deste ano contam uma história bastante diferente dos primeiros três meses de 2024. O temor de uma reaceleração do índice de preços americano caiu consideravelmente, com a medida de núcleo crescendo a uma taxa anualizada de 2,1% nesse segundo trimestre, contra 4,5% nos primeiros três meses do ano. Por isso, o mercado dá como certo (100% de chance) o início do corte do Fed Funds na reunião de setembro.

Considerando a estimativa de taxa de juro de longo prazo do último mapa de pontos (dot-plot) divulgado pelo Federal Reserve, os juros americanos estão hoje 175 pontos-base acima do patamar neutro. Dado que o cenário não indica uma desaceleração abrupta da economia e as falas dos membros do Banco Central indicam um ciclo gradual de redução de juros (em reuniões intercaladas), ainda teríamos aproximadamente um ano e meio de taxas em níveis restritivos.

Nesse sentido, a continuação de dados positivos de inflação deve levar o mercado a pressionar o Federal Reserve a imprimir um ritmo mais consistente de corte de juros, levando assim a um movimento de inclinação da curva (bull-steepening) com queda maior dos vértices curtos em relação aos longos. Sobre os retornos, o movimento deve ser positivo para os ativos de risco global.

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IPCA de junho no Brasil

No Brasil, o destaque do calendário econômico da última semana foi a divulgação do IPCA de junho. O índice trouxe uma composição bastante positiva, abaixo da expectativa de mercado (0,21% versus 0,3%) e com surpresas disseminadas em diversos grupos.

Fonte: Empiricus Research

Entre os principais destaques, tivemos uma desaceleração do grupo de serviços, incluindo o núcleo e os serviços intensivos em mão de obra, que vieram em linha com as estimativas dos economistas. Além disso, os grupos de bens duráveis e não duráveis, também mostraram um comportamento mais benigno.

Mais precisamente em relação aos preços de alimentos, a surpresa baixista ajudou a arrefecer significantemente as preocupações em relação aos reflexos da tragédia do Rio Grande do Sul no indicador.

Em relação aos preços administrados, a alta da gasolina foi compensada pela queda do preço do gás de bujão e desaceleração da taxa de água e energia.

Aumento da gasolina deve impactar próximos dados de inflação

Vale lembrar que o aumento do preço da gasolina e do GLP anunciado pela Petrobras (PETR4) no último dia 8 de julho deve afetar os números de julho e agosto e compensar as revisões para baixo que o resultado de junho gerou nas projeções de inflação acumulada de 2024.

E por falar em projeções, essa semana é data crítica para o relatório Focus, o que significa que os economistas que participam da pesquisa do Banco Central (BC) devem atualizar suas estimativas no sistema da autarquia. Ainda vemos espaço para revisões para cima do IPCA de 2025 (horizonte relevante do BC).

Em relação à Selic, o mercado precifica hoje uma taxa de cerca de 11,5% no final de 2025, o que contrasta com a estimativa do Focus de 9,5%. Uma provável elevação do Focus dependerá, principalmente, da revisão de gastos que será apresentada no relatório do governo que será divulgado na próxima segunda-feira (22). Uma cifra abaixo de R$ 10 bilhões deve desencadear uma reação negativa dos mercados.

Nesse interim, mantemos nossas recomendações de investimento em renda fixa nos títulos pós-fixados.

Renda fixa: confira os títulos de renda fixa recomendados na semana

A seguir, é possível conferir quatro títulos de renda fixa de CDB pós-fixado recomendados para investir na semana.

Características da CDB pós-fixado do Banco BTG Pactual
Classificação de risco da instituição Fitch: AAA(bra)
Público-alvo Investidores em geral
Onde encontrar BTG Pactual
Aplicação mínima R$ 500,00
Aplicação máxima
Liquidação D+0
Vencimento (prazo) 18/01/2027 (916 dias corridos)
Rentabilidade anual 104,25% do CDI
Tributação 15%
Pagamento de juros No vencimento
Resgate No vencimento
Garantias Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação 17h45
Características da CDB pós-fixado do Paraná Banco
Classificação de risco da instituição Fitch: AA-(bra)
Público-alvo Investidores em geral
Onde encontrar Paraná Banco
Aplicação mínima R$ 100,00
Aplicação máxima
Liquidação D+0
Vencimento (prazo) 07/07/2026 (721 dias corridos)
Rentabilidade anual 113% do CDI
Tributação 15%
Pagamento de juros No vencimento
Resgate No vencimento
Garantias Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação 17h
Características da CDB pós-fixado do Nubank
Classificação de risco da instituição Moody’s: AAA (bra)
Público-alvo Investidores em geral
Onde encontrar Ágora Investimentos
Aplicação mínima R$ 1 mil
Aplicação máxima
Liquidação D+0
Vencimento (prazo) 16/07/2026 (730 dias corridos)
Rentabilidade anual 105% do CDI
Tributação 15%
Pagamento de juros No vencimento
Resgate No vencimento
Garantias Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação 15h
Características da CDB pós-fixado do Banco Sofisa com liquidez diária
Classificação de risco da instituição Fitch: AA-(bra)
Público-alvo Investidores em geral
Onde encontrar Banco Sofisa
Aplicação mínima R$ 1
Aplicação máxima
Liquidação D+0
Vencimento (prazo) 19/07/2027 (1097 dias corridos)
Rentabilidade anual 110% do CDI
Tributação 15%
Pagamento de juros No vencimento
Resgate Liquidez diária
Garantias Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação 23h59
As taxas e vencimentos do títulos indicados nas tabelas acima são referentes ao dia 16 de julho de 2024 e, portanto, são válidos apenas para o dia de hoje (16).

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