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Reforma da previdência será algo constante, avalia Felipe Miranda, da Empiricus, em Morning Call do BTG

A indefinição sobre o pacote fiscal do governo continua deixando investidores ansiosos. “O timing da política é diferente do timing do mercado”, comenta Felipe Miranda, fundador e estrategista-chefe da Empiricus Research. 

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Em participação no Morning Call do BTG Pactual desta manhã de quinta-feira (21), Miranda explica que o mercado está “certo em cobrar” agilidade do governo. “Enquanto você não define [o plano de cortes] os juros vão abrindo e o câmbio vai subindo, além da série de frustrações com todo o pé na tábua do fiscal feito nos últimos anos”. 

Últimas notícias são mais otimistas para o pacote fiscal

No início da semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou à imprensa que ainda faltavam “dois ajustes singelos” com o presidente Lula. 

Posteriormente, foi informado que o Ministério da Defesa também daria sua contribuição ao pacote de cortes de gastos, mexendo na aposentadoria dos militares.

“Essa também é uma questão importante. A previdência é algo que vamos precisar ficar reformando continuamente, especialmente por conta das taxas de natalidade”, ressalta Miranda. 

Portanto, por agora o analista acredita que não há mais o que mexer no plano do governo, mas é uma questão política. “A estratégia do governo é apresentar primeiro [o plano de corte de gastos] aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, para dar mais rapidez para a aprovação”, comenta.

Brasil no G20 2024 

Ainda falando sobre a postura do governo brasileiro, Miranda elogia o destaque dos representantes no encontro do G20, ocorrido nesta última semana no Rio de Janeiro. 

“Criticamos muito o governo, mas houve um bom posicionamento neste G20 e o Brasil retomou um protagonismo diplomático que estava em discussão nos anos anteriores”, avalia o estrategista-chefe da Empiricus. 

Ao todo, o Brasil firmou 37 acordos com a China durante a reunião dos líderes globais. Na visão de Miranda, as negociações foram boas e o Brasil conseguiu se limitar a não aderir uma associação muito forte com a China, sem entrar na Rota da Seda – maior programa de infraestrutura da China no exterior – e fechar portas com os EUA. 

“Acho que o Brasil conseguiu se equilibrar dentro da trajetória diplomática, vimos um bom resultado sobre essa ótica”. 

Assista a live completa desta quinta-feira (21) no quadro abaixo: 

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