Preço do Bitcoin em 25 de agosto de 2025
O preço do Bitcoin nesta segunda-feira, 25 de agosto de 2025, está em R$ 610.752,60, com queda de 2%. A moeda digital recua para o nível de US$ 111 mil. Esse patamar representa um suporte importante para os investidores, pois caso seja rompido, o mercado pode buscar a zona de US$ 105 mil.
Esse movimento ocorre em um contexto global marcado por debates sobre política monetária e impactos de tarifas nos Estados Unidos. A relação entre inflação e corte de juros está no centro das discussões. Por isso, o desempenho da principal criptomoeda reflete a busca de investidores por clareza no cenário econômico.
Bitcoin e análise macroeconômica
Na última semana, o mercado foi surpreendido pelo Índice de Preços ao Produtor dos EUA. O dado reduziu as apostas em um corte de juros já em setembro. Contudo, a sinalização de Jerome Powell indica que a decisão dependerá do equilíbrio entre inflação e mercado de trabalho.
Ao mesmo tempo, o setor de alimentos americano intensificou pressões por isenções tarifárias, temendo custos crescentes e impactos sobre a inflação. Essa disputa cria forças opostas: de um lado, a expectativa por estímulos; de outro, o risco de preços mais altos. Investidores precisam navegar nesse ambiente instável, considerando o efeito direto no comportamento do Bitcoin.
Corte de juros e impacto no Bitcoin
De acordo com Mychel Mendes, CFO da Tokeniza, o rendimento atual da renda fixa nos EUA é próximo de 5%. Se houver cortes, a atratividade da renda fixa diminui. Assim, ativos mais arriscados, como criptomoedas, tendem a ganhar espaço entre investidores que buscam maior retorno.
Lucca Freire, CEO da UnblockPay, acredita que até mesmo uma redução pontual pode influenciar fortemente o fluxo de capitais. O mercado pode voltar a direcionar recursos para o preço do Bitcoin, reforçando a posição da criptomoeda como um ativo de risco estratégico.
Perspectivas de médio prazo
Especialistas como Tasso Lago, da Financial Move, projetam que o ciclo de alta deve se estender até 2026. Nesse cenário, não apenas o Bitcoin, mas também Ethereum e altcoins podem se valorizar. A expectativa é que o rompimento de US$ 125 mil, máxima histórica, seja possível se a política monetária americana adotar cortes sucessivos.
Caio Leta, da Bipa, alerta para a importância da região de US$ 111 mil. Uma queda abaixo desse suporte pode levar o ativo para US$ 105 mil. No entanto, caso os cortes de juros se confirmem, o preço do Bitcoin pode recuperar força rapidamente até o final de 2025.
Volatilidade e dominância do Bitcoin
Embora o mercado enfrente correções, a volatilidade do Bitcoin segue em queda. Mike Ermolaev, da OutsetPR, aponta que desde 2022 o ativo se mostra menos volátil que grandes ações globais. Esse dado sugere maturidade crescente da criptomoeda.
Por outro lado, a dominância do BTC caiu para 58,16%, segundo Paulo Aragão, do Giro Bitcoin. Esse movimento pode indicar uma rotação de capital em direção ao Ethereum e outras altcoins, sinalizando uma possível altseason nos próximos meses.
Contexto histórico e fundamentos do Bitcoin
Para compreender melhor o momento atual, é importante lembrar os fundamentos da moeda digital. Criado em 2009 por Satoshi Nakamoto, o Bitcoin nasceu como uma alternativa descentralizada ao sistema financeiro tradicional. Sua escassez — limitada a 21 milhões de unidades — é um fator decisivo para seu valor de mercado.
Além disso, o funcionamento da rede blockchain garante transparência e segurança nas transações. Essa base tecnológica sustenta a confiança dos investidores mesmo em momentos de forte volatilidade, reforçando o caráter único do ativo.
Conclusão
O preço do Bitcoin em 25 de agosto de 2025 reflete um mercado em busca de direção. Entre a expectativa de cortes de juros e o risco inflacionário, investidores avaliam cada sinal vindo do Federal Reserve.
Se o suporte em US$ 111 mil for mantido, a recuperação poderá ser rápida, especialmente se a política monetária americana iniciar um ciclo de afrouxamento. Contudo, a pressão inflacionária das tarifas ainda representa um obstáculo.
Assim, o médio prazo parece favorável para novas máximas, mas o cenário exige cautela e acompanhamento constante dos indicadores econômicos globais.