É comum neste momento muitos investidores terem dúvidas sobre os possíveis impactos do cenário do Rio Grande do Sul sobre a Porto (PSSA3).
Neste artigo, vamos focar no segmento Auto, que é o foco de atuação da Porto e também o segmento que mais deve gerar sinistros na região.
Aliás, é importante lembrar que na teleconferência de resultados a Porto não alterou seu guidance, o que sugere que a companhia não espera impactos relevantes do evento.
Mas podemos utilizar algumas informações passadas no 1T24 para tentar quantificar o impacto.
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Uma estimativa do impacto para a Porto
Na teleconferência de resultados, Paulo Kakinoff, CEO da companhia, disse que a Porto possui entre 30 mil e 60 mil carros segurados nas regiões afetadas pelas enchentes, o que representa entre 0,5% e 1% do total da frota segurada da companhia.
Além disso, a proporção de sinistros em eventos catastróficos parecidos (da companhia e de outras empresas do setor) normalmente não passa de 15%. Com isso, montamos a tabela abaixo:
Na coluna Menor Impacto utilizamos premissas menos negativas como a frota de 30 mil carros (piso do intervalo mencionado pelo CEO), frequência de sinistros de 10%, entre outros…
Na coluna Maior Impacto, aumentamos o “estrago”, com frota e frequência no topo da faixa indicados, entre outros fatos como menor índice de recuperação e maior valor médio dos veículos.
De tudo o que temos acompanhado até agora, esperamos que os impactos estejam bem mais próximos do Menor Impacto.
Há outros fatores que podem amenizar os impactos, sendo o mais importante uma precificação mais racional do setor depois de um evento tão negativo.
Seja como for, é importante notar que mesmo nas premissas mais negativas, o impacto nos lucros deve ser bastante limitado, dadas as proporções da catástrofe.
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