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O que os investidores devem fazer? Analista comenta possível saída da AES (AESB3) do Brasil; confira

AES Brasil AESB3

A companhia do setor elétrico AES Brasil (AESB3) estaria de saída do Brasil, onde tem operação desde 1997. A informação é do colunista do O Globo Lauro Jardim. 

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Ainda segundo o jornalista, a empresa contratou os bancos Itaú (ITUB4) e Goldman Sachs (GSGI34) para vender seus ativos em geração de energia elétrica.

Endividamento é problema para a AES

Embora a possibilidade de deixar o país tenha pegado alguns de surpresa, o mercado já esperava algum tipo de movimentação da AES Brasil para conter o endividamento elevado.

Para o analista Ruy Hungria, da Empiricus, a venda pode ser uma alternativa interessante para a AES Corporation, dona da AES Brasil, controlar a alavancagem, que também é elevada, e investir em novas fontes de geração.

Hungria lembra que o histórico das ações AESB3 não é positivo. 

“É uma companhia que ficou muito atrás do Ibovespa e de outras várias do setor. De certa forma, pode ser um passo da AES Corp. em assumir que não consegue gerar valor com o ativo e investir os recursos onde ela conhece o regulatório, tem maior controle sobre as coisas e o custo da dívida não é tão alto como no Brasil”.

Cenário para venda dos ativos não é o ideal

Por outro lado, apesar da necessidade da companhia, o momento pode não ser o melhor para vender ativos de geração, que são precificados com base no preço da energia. Ultimamente, vários fatores têm pesado sobre a commodity e os preços estão muito abaixo na comparação com os últimos anos.

“Pode até ser que ela consiga vender ativos que tenham energia contratada por bons preços, mas aqui entramos em um outro ponto: alguns ativos importantes da AES Brasil tem prazo de concessão para vencer em até 10 anos, prazo curto para o segmento de utilities. Muitas coisas apontam para preços não tão bons de venda”.

AES Brasil vai fechar capital?

Agora, o mercado aguarda os próximos capítulos para entender se a AES Brasil deixará de existir ou se tornará uma nova empresa. Segundo o analista, embora seja cedo para cravar, o cenário base é o fechamento de capital da companhia

Neste caso, os acionistas não ficariam a ver navios. “O investidor recebe o dinheiro dessa venda, isso vai para o preço da ação”.

No entanto, outros cenários não estão descartados, já que existem poucas informações a respeito.

“Pode ser, por exemplo, que uma outra empresa se interesse por todos os ativos e aí eventualmente ocorreria uma aquisição. Ao invés de fechar capital, viraria outra empresa com outro controlador, ainda com ações negociadas. Tem muitos cenários possíveis”.

Ao jornal O Globo, a empresa se limitou a dizer que “a controladora, AES Corp, avalia alternativas para financiar o crescimento da companhia e melhorar a sua estrutura de capital”, sem entrar em mais detalhes.

Eletrobras (ELET6) é a recomendação da Empiricus Research para o setor

De qualquer forma, Ruy Hungria recomenda acompanhar a situação da AES Brasil longe das ações.  

Dos nomes do segmento de geração na B3, a preferência do analista são os papéis da Eletrobras (ELET6).

“É uma companhia que tem muitas melhorias pela frente depois que foi privatizada e que tende a gerar valor num prazo maior”.

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