Descubra os detalhes do prejuízo líquido da Natura&Co, que atingiu 935 milhões de reais no primeiro trimestre, além das estratégias em meio à queda na receita. Saiba mais!
A Natura&Co, conglomerado conhecido por suas marcas icônicas como Natura, Avon e The Body Shop, enfrentou um desafiador primeiro trimestre, com seu prejuízo líquido consolidado ampliando-se para 935 milhões de reais. Este resultado negativo representou um aumento significativo em relação ao prejuízo de 652 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. A divulgação desses números, apresentada no final da segunda-feira, trouxe à tona uma série de questões sobre a saúde financeira e as estratégias da empresa.
Durante o período de janeiro a março, a Natura&Co observou uma queda de 9% em seu resultado operacional, medido pelo Ebitda, totalizando 547,4 milhões de reais. Esta queda foi acompanhada por uma redução de 6% na receita líquida, que atingiu 6,1 bilhões de reais. Esses números refletem os desafios enfrentados pela empresa, que tem buscado uma reestruturação sob a liderança de Fabio Barbosa.
A explicação para o desempenho abaixo do esperado inclui uma série de fatores, como operações descontinuadas, impostos mais altos decorrentes do mix de países e perdas cambiais, além dos impactos contábeis da hiperinflação. Apesar desses obstáculos, Barbosa expressou otimismo em relação ao desempenho futuro da Avon no Brasil, destacando uma tendência de melhora mensal e a expectativa de estabilização da receita ao longo do segundo semestre do ano.
No entanto, a possibilidade de separação da Avon continua sendo considerada pela Natura&Co, embora detalhes adicionais não tenham sido fornecidos. Além disso, a empresa enfrentou um fluxo de caixa livre negativo de 1 bilhão de reais, uma melhoria em relação ao desempenho negativo do ano anterior, atribuída a fatores como o “faseamento de investimentos”.
Um aspecto notável é a redução no número de consultoras disponíveis no Brasil e na América Latina hispânica, com quedas de 21,8% e 19,1%, respectivamente. Esta diminuição é atribuída principalmente à saída de consultoras menos produtivas. Como resposta a essa tendência, a Natura&Co está priorizando a produtividade em detrimento da expansão no número de consultoras.
Em suma, o primeiro trimestre de 2024 apresentou desafios significativos para a Natura&Co, refletidos em seu prejuízo líquido ampliado e na queda na receita. No entanto, a empresa permanece focada em suas estratégias de reestruturação e otimista em relação ao desempenho futuro, particularmente no que diz respeito à estabilização da Avon e à gestão de sua rede de consultoras.