Às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a dúvida sobre se a taxa Selic vai subir, manter ou ser cortada pode se tornar menos relevante para uma parte dos investidores. Afinal, tudo depende do posicionamento adotado na carteira de investimentos.
Os dados de crescimento econômico robusto no Brasil podem indicar um apetite maior para que os dirigentes do Copom elevem a taxa básica de juros. Porém, a analista de ações da Empiricus Research Larissa Quaresma acredita que existe uma estratégia para investir em ações que pode expor menos o investidor às oscilações da decisão da Selic.
“Não é preciso correr muitos riscos para capturar a queima de prêmios nos juros,” afirma Quaresma.
Conheça a tese para investir em ações sem se preocupar tanto com a Selic
Na visão de Quaresma, a taxa Selic atualmente já está em um patamar bem elevado, mas as companhias que ficaram pressionadas por este cenário estão entregando bons resultados trimestrais nesta temporada (3T24).
“As empresas fizeram o seu dever de casa e estão reportando bons números. Por isso, o investidor pode escolher ativos mais seguros, sólidos e de baixa alavancagem, e aqueles que vão responder aos ajustes de mercado positivamente”, explica a analista.
Neste contexto, Quaresma explica que suas recomendações de investimentos em ações continuam priorizando empresas em boa forma operacional, baixa alavancagem e boas perspectivas de crescimento.
Mudanças na carteira de ações de novembro
Diante deste cenário, a analista revela que neste mês fez uma alteração na carteira de ações entre companhias de setores distintos, buscando justamente reduzir essa exposição a empresas mais arriscadas.
“Ainda que o ajuste fiscal venha, a realidade empresarial deve ser progressivamente afetada pela Selic em alta”, fala a analista.
Com isso, Quaresma optou por fazer uma troca na carteira recomendada. A analista substituiu uma companhia associada a pagamentos financeiros por uma de outro setor: uma seguradora que vem apresentando em sua trajetória maior diversificação dos negócios e expansão da rentabilidade.
“Negociando a um Índice P/L 2025 de 8,7x, introduzimos esta seguradora na carteira de melhores ações para investir em novembro”, comenta a analista.
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