Os analistas do Itaú BBA tomaram a decisão de ajustar a recomendação das ações da Pague Menos PGMN3 para “market perform” e reduziram o preço-alvo dos papéis de 5 reais para 4,2 reais. Essa alteração é motivada pela identificação de uma desaceleração nas aberturas de lojas e por um cenário que sugere uma possível diminuição nos reajustes de preços de medicamentos.
De acordo com Thiago Macruz e sua equipe, embora a Pague Menos mantenha seu foco na conclusão da integração da Extrafarma e no fortalecimento da estrutura de capital, o ritmo mais moderado de aberturas de lojas previsto para 2024 e as expectativas de menor reajuste nos preços dos medicamentos levaram a revisões para baixo nas projeções do Itaú BBA para a empresa.
Essas revisões foram ampliadas pela visão cautelosa do banco sobre os benefícios fiscais relacionados à subvenção do ICMS após a aprovação da MP 1185.
As novas projeções do Itaú BBA indicam uma receita bruta de 12,540 bilhões de reais em 2024 e 13,529 bilhões de reais em 2025, reduzindo-se dos números anteriores de 13,043 bilhões e 14,316 bilhões de reais, respectivamente. Quanto ao lucro líquido, as estimativas foram ajustadas de 121 milhões para 57 milhões de reais neste ano e de 195 milhões para 122 milhões de reais no próximo.
No que diz respeito ao Ebitda, os analistas agora calculam 570 milhões de reais em 2024 (anteriormente 599 milhões de reais) e 629 milhões de reais em 2025 (antes 665 milhões de reais), mantendo margens Ebitda de 4,5% e 4,7%, respectivamente, em comparação com a previsão anterior de 4,6% para ambos os anos.
Na bolsa paulista, as ações da Pague Menos registravam um recuo de 10,62%, atingindo 3,45 reais, chegando a 3,36 reais no ponto mais baixo, figurando entre as maiores quedas do índice Small Caps B3SA3, que apresentava uma queda de 1,67%.