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Intelbras (INTB3) reporta crescimento forte no 3T24, com rentabilidade ainda pressionada por alta do dólar e seca

A Intelbras (INTB3) divulgou seus números do 3T24, marginalmente abaixo da expectativa, nesta segunda-feira (28) após o fechamento do mercado.

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O crescimento da receita da Intelbras acelerou, para +33% na visão anual, mas a pressão nas margens foi maior que esperado. O dólar maior, assim como os fretes inflacionados pela seca, machucaram os custos. Ainda assim, o lucro líquido, de R$ 129 milhões, cresceu 12% na visão anual.

Receita da Intelbras expandiu em todos os segmentos

A expansão da receita, que totalizou R$ 1,2 bilhão (+33% ano a ano), foi forte em todos os segmentos.

Em Segurança (+27%), o crescimento foi puxado pelo forte sell-out nos distribuidores, indicando que as vendas estão apenas acompanhando o ganho de mercado na ponta.

Em Comunicação (+38%), a receita foi acelerada pelas novas linhas de negócio anunciadas no final do ano passado, com retomada da presença junto aos provedores de internet e entrada nas redes corporativas.

Por fim, Energia (+44%) foi beneficiada não só pela fraca base de comparação, mas também pelo alto volume de projetos para geradores de energia solar on-grid, com preços agora mais baixos.

Margem bruta é pressionada com dólar e seca

No copo meio vazio, a margem bruta foi pressionada em todos os segmentos. A manutenção do dólar em um patamar elevado ao longo do trimestre, assim como os fretes mais caros por conta da seca no país, penalizaram a rentabilidade em Segurança e Comunicação. Já em Energia, a pressão veio da estratégia para os preços, que estão em patamar igual ou abaixo ao do ano passado. Com isso, a margem bruta consolidada se contraiu em 3 p.p. na visão anual. 

Como consequência, a margem EBITDA foi pressionada em 2 p.p. na mesma visão – a diluição das despesas foi insuficiente para compensar a pressão de margem bruta. O EBITDA foi de R$ 151 milhões (+17%), e o lucro líquido, R$ 129 milhões (+17%); ainda assim, fortes crescimentos.

Em resposta à seca no Brasil, a Intelbras antecipou a formação do estoque para garantir o abastecimento dos clientes até o começo de 2025, mesmo que o nível dos rios amazônicos continue baixo. Enquanto isso garante a manutenção do crescimento de receita em um patamar elevado, também diminui a geração de caixa no curto prazo. 

Ainda vale a pena investir em ações da Intelbras?

No todo, enxergamos que a retomada de crescimento é muito positiva; ao passo que as pressões em rentabilidade / geração de caixa nos parecem mais sazonais (seca) ou conjunturais (dólar alto).

Passada a temporada de seca e com os reajustes de preço promovidos pela companhia para repassar o dólar maior, podemos ver alguma recuperação da rentabilidade da Intelbras em 2025.

Negociando a 11,0x seu lucro estimado para 2025, ainda enxergamos uma relação risco-retorno positiva em ações INTB3, para qual mantemos recomendação de compra.

Quer ficar por dentro do que acontece de mais relevante na temporada de balanços do 3T24? Aqui você confere como receber análises gratuitas da Empiricus Research e saiba o que fazer com cada ação.

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