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Impacto das tarifas nos preços globais: entenda o efeito

Impacto das tarifas nos preços globais: entenda o efeito

O impacto das tarifas nos preços globais está, portanto, mudando significativamente as estratégias de grandes varejistas como Birkenstock e Pandora. Para compensar os custos extras causados pelas tarifas impostas pelos EUA, essas empresas estão, por isso, distribuindo os aumentos de preços em diversos mercados. Dessa forma, evitam altas drásticas nos Estados Unidos, o que ajuda a proteger as vendas e, ao mesmo tempo, reduz o risco de reações políticas negativas.

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Essa abordagem, no entanto, está gerando preocupações em bancos centrais, especialmente na Europa e no Reino Unido. O motivo é que esses reajustes podem impulsionar a inflação em regiões onde os preços vinham se estabilizando.

Como os varejistas estão lidando com as tarifas

Frente às tarifas impostas pelos EUA, os varejistas adotam estratégias específicas. A Birkenstock declarou que um reajuste global de “um dígito baixo” já seria suficiente para absorver os custos. Assim, consegue manter os preços competitivos e evitar prejuízos.

A Pandora, por sua vez, considera distribuir aumentos de forma equilibrada. Isso evita focar apenas no mercado norte-americano, reduzindo o risco de críticas da Casa Branca. A meta é preservar margens sem gerar atrito político.

Por que distribuir o reajuste entre os mercados

Repassar aumentos de forma distribuída permite ajustar preços conforme o perfil de consumo local. Em mercados com menor sensibilidade ao preço, o reajuste pode ser maior. Já em locais mais sensíveis, ele será menor.

Segundo especialistas, isso permite às empresas globais absorver tarifas com impacto reduzido nas vendas. Já empresas restritas ao mercado americano têm menos opções e mais dificuldades em repassar os custos.

O alerta dos bancos centrais e a preocupação com a inflação

Líderes de bancos centrais europeus alertam para o risco de inflação indireta. Andrew Bailey, do Banco da Inglaterra, afirmou que algumas empresas não diferenciam mercados com ou sem tarifas, aplicando reajustes globais.

Essa abordagem pode acelerar a inflação até em países que assinaram acordos comerciais com os EUA. A consequência pode ser o descontrole de preços em regiões antes estáveis.

Varejistas que seguem estratégias distintas

Nem todos os varejistas seguem o mesmo modelo. A Adidas afirmou que não pretende repassar os aumentos fora dos Estados Unidos. Já a Takko Fashion aproveitou a queda dos custos na China, causada pela retração da demanda dos EUA.

Esses exemplos mostram que o impacto das tarifas nos preços globais varia bastante. Fatores como fornecedores, estrutura de mercado e volume de vendas influenciam a decisão de precificação.

Expectativas inflacionárias e comportamento das empresas

Com os consumidores esperando inflação, as empresas encontram mais liberdade para subir os preços. Nos EUA, as expectativas inflacionárias chegaram a 6,7% em abril, o maior nível desde 1981.

Essa percepção cria um ambiente propício para reajustes. Algumas empresas podem usar as tarifas como justificativa para aumentar preços além do necessário, elevando lucros como ocorreu durante a pandemia. Essa prática pode prejudicar a confiança do consumidor.

Conclusão: o que esperar dos preços globais com as tarifas

O impacto das tarifas nos preços globais vai além da relação direta entre países. Empresas com presença internacional conseguem diluir os custos, o que ajuda a manter vendas nos EUA, mas eleva a inflação em outros mercados.

Para evitar distorções, os bancos centrais e os consumidores, portanto, devem acompanhar de perto essas movimentações. Caso contrário, se não houver transparência por parte das empresas, aumentos artificiais de preços poderão, gradualmente, se tornar comuns. Como resultado, isso tende a prejudicar economias e, consequentemente, impactar negativamente famílias em diversos países.


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