O Ibovespa volta a apresentar viés negativo após dados robustos sobre a criação de empregos nos EUA, impactando a confiança dos investidores. Saiba mais sobre o cenário atual da Bolsa de Valores e os destaques do mercado acionário brasileiro.
O Ibovespa retomou o viés negativo nesta sexta-feira, após uma trégua na véspera, reagindo aos números mais fortes do que o esperado sobre a criação de empregos nos Estados Unidos em maio. Este cenário reflete um mercado de trabalho robusto, o que pode adiar um amplamente aguardado corte de juros na maior economia do mundo.
Análise do Mercado
Por volta de 10h55, o Ibovespa cedia 0,75%, a 121.981,32 pontos, revertendo parte dos ganhos registrados na quinta-feira. A reação negativa ocorre mesmo após um período de seis pregões de baixa. O volume financeiro somava 3 bilhões de reais.
O relatório do Departamento do Trabalho norte-americano mostrou uma criação de 272.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em maio, superando as expectativas dos economistas consultados pela Reuters. Apesar disso, a taxa de desemprego subiu de 3,9% para 4,0% em maio, quebrando um limite simbólico.
Impacto nos Investimentos
O mercado interpreta os dados como um sinal de resiliência do mercado de trabalho nos EUA, o que pode manter o consumo aquecido e dificultar o controle da inflação. Como consequência, a possibilidade de cortes de juros se torna menos viável, o que afeta a confiança dos investidores.
Destaques do Mercado
- VALE ON: Recuava 0,85%, refletindo a piora da confiança dos investidores, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na China.
- PETROBRAS PN: Era negociada em baixa de 0,26%, acompanhando o comportamento comedido do petróleo no exterior.
- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN: ITUB3 perdia 0,38%, enquanto BBDC3 subia 0,15%, sofrendo com o “mau humor” após os dados de emprego dos EUA.
- MRV&CO ON e SABESP ON: MRVE3 mostrava declínio de 2,6%, enquanto SBSP3 registrava queda de 2,9%, sensíveis a movimentos relacionados à oferta de ações e movimentos do mercado imobiliário.
- SUZANO ON: Avançava 1,99%, favorecida por um dólar mais forte frente ao real.
O mercado acionário brasileiro reage de forma negativa aos dados robustos de emprego nos EUA, refletindo a expectativa de menor probabilidade de cortes de juros na maior economia do mundo. Os investidores monitoram de perto os desdobramentos econômicos globais enquanto ajustam suas estratégias de investimento em meio a esse cenário desafiador.