A Gerdau (GGBR4) agora é detentora de 100% das ações da joint venture Gerdau Summit, conforme comunicou a metalúrgica nesta quinta-feira (21).
A aquisição foi realizada por meio de um acordo com a Sumitomo e a The Japan Steel, que venderam, respectivamente, 39,53% e 1,74% das ações da Gerdau Summit, de acordo com um comunicado enviado ao mercado.
“Vejo como um movimento positivo e alinhado com o plano estratégico detalhado no Investor Day da Gerdau do último mês. Para enfrentar uma dinâmica competitiva mais difícil no Brasil, em função do volume ainda elevado de importações de aço chinês, a companhia deverá seguir tomando medidas que ampliem a sua oferta de produtos de alto valor agregado, onde a competição chinesa é menor e as margens maiores”, comenta o analista de ações Henrique Cavalcante, da Empiricus Research.
Gerdau Summit amplia leque de produtos de maior valor agregado
A aquisição total da joint venture da Gerdau amplia a representatividade de produtos de maior valor agregado no resultado da Gerdau, explica o analista. Isto é, graças à especialização da Gerdau Summit, localizada em Pindamonhangaba (SP), e com uma capacidade instalada de 40 mil toneladas de aços fundidos e forjados, voltados principalmente para a produção de cilindros e eixos nos setores de aço, alumínio, sucroalcooleiro e de energia.
Com essa transação, a siderúrgica passa a controlar integralmente o capital social da companhia, por cerca de US$ 32,6 milhões, a ser pago à vista, com recursos próprios, até a data de fechamento da transação.
A operação está prevista para ser concluída no início de 2025, após o cumprimento das condições usuais para esse tipo de operação (como a aprovação das autoridades antitruste).
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Vale a pena investir em Gerdau (GGBR4)? Analista indica ações
“Com uma operação mais eficiente e um portfólio mais rentável, acredito que a operação brasileira seguirá a tendência de recuperação de margens vista no último trimestre”, avalia Cavalcante.
Além disso, o analista enxerga que a eleição de Trump pode ser um vento positivo para a operação da companhia nos EUA, com o possível reforço de medidas protecionistas para a indústria local e políticas expansionistas. “A história mostra que Trump é um grande aliado do setor siderúrgico”, completa.
Por fim, Cavalcante reforça que as ações da Gerdau são negociadas atualmente a um valuation atrativo de 4x o Valor da firma/Ebitda em 2025, mais “barata” do que os pares nos EUA, que negociam entre 6x a 8x. Ademais, há um carrego relevante por meio de dividendos da Gerdau e programas de recompras.
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