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Gerdau (GGBR4): Apesar de fraco, 4T24 indica que resultados estão próximos de um piso; ‘tarifaço’ de Trump é gatilho para 2025

A Gerdau (GOAU4; GGBR4) reportou um quarto trimestre mais fraco, mas sem grandes surpresas para o mercado e nossas expectativas.

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O desempenho foi impactado pela sazonalidade mais fraca em todas as operações e pela queda nos preços na América do Norte. No entanto, a companhia conseguiu minimizar parte dos impactos com iniciativas internas de redução de custos.

As vendas de aço atingiram 2,72 milhões de toneladas, queda de 3,9% em relação ao trimestre anterior. Com preços menores e um volume mais fraco, a receita líquida total recuou 3,2% trimestralmente, para R$ 16,8 bilhões.

O Ebitda ajustado foi de R$ 2,39 bilhões (-20,7% trimestre a trimestre), com margem Ebitda de 14,2% (-3,1 pontos percentuais na comparação trimestral), refletindo principalmente o cenário de acomodação de margens na América do Norte. 

Veja o desempenho na América do Norte e no Brasil

No Brasil, o Ebitda foi de R$ 1,0 bilhão (-12% na comparação trimestral), com margem de 15,1% (-2 p.p. T/T). A maior participação das exportações (+46% T/T) ajudou a compensar a queda do mercado doméstico (-10% T/T), que segue impactado pelo aço importado.

Os custos permaneceram estáveis, sustentados pelas iniciativas de redução de despesas, que trouxeram economia de R$ 450 milhões ao longo do segundo semestre.

Na América do Norte, além do efeito sazonal, as incertezas acerca de como as decisões de política comercial irão afetar o mercado de aço afetaram os resultados. Com uma capacidade ociosa de 30%, o Ebitda caiu para R$ 751 milhões (-35% T/T) e margem de 12,1% (-5 p.p. T/T). O volume caiu 6% T/T, os preços cederam (-US$60/t T/T) e o mix piorou, com maior participação de vergalhões e semiacabados. O lado positivo foi a estabilidade dos custos, acompanhando os preços da sucata.

Nas divisões menores, os números também foram fracos, pesando o efeito sazonal. A novidade foi o anúncio de que a unidade de Aços Especiais foi incorporada às operações do Brasil e América do Norte a partir do 1T25. Em nossa visão, um ajuste positivo no reporting, que passará a focar mais na exposição por geografias. 

Companhia anuncia dividendos e reforça programa de recompra

O caixa gerado no trimestre foi positivo em R$ 427 milhões, favorecido por um alívio pontual no capital de giro. A dívida líquida aumentou para R$ 5,4 bilhões, com alavancagem subindo para 0,48x Dívida Líquida/Ebitda – patamar ainda extremamente saudável.

Ainda, a Gerdau anunciou dividendos de R$ 0,10 por ação (yield anualizado de 2,3%), a serem pagos em 14 de março, e reforçou seu programa de recompra.

Gerdau segue com recomendação de compra da Empiricus

Para 2025, a grande questão é quando os preços e a demanda nos EUA vão se recuperar, tendo como o principal gatilho as tarifas de importação.

No Brasil, o cenário macro pode trazer desafios, mas o volume de projetos de infraestrutura previstos no país trazem conforto adicional para a demanda por aço e a companhia deve continuar capturando eficiência operacional. Apesar de fraco, o 4T trouxe indicativos de que os resultados estão próximos de um piso. 

Por 3,5 vezes o seu valor da firma sobre o Ebitda (EV/Ebitda) para 2025, assimetria positiva para os resultados operacionais e excelente carrego com recompras e distribuição de dividendos, seguimos compradores de Gerdau

A companhia, inclusive, está entre as cinco melhores pagadoras de dividendos para comprar em fevereiro. Para conferir as outras 4, acesse este relatório gratuito.

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