Uma das notícias mais relevantes do mercado nesta terça-feira (2) foi a proposta de fusão da Enauta (ENAT3) com a 3R Petroleum (RRRP3), envolvendo a troca de ações.
O objetivo seria aproveitar-se das sinergias de cerca de R$ 1,5 bilhão entre as duas companhias, transformando a nova empresa em uma gigante do setor, segundo a analista Larissa Quaresma, especialista em equity da Empiricus.
A proposta também “atravessa” as negociações de fusão entre a 3R e a PetroRecôncavo, que foram momentaneamente suspensas pelo board da 3R.
Naturalmente, o tema é de grande interesse de quem investe em ações, especialmente nas junior oils, sobre as quais há uma forte expectativa de valorização acima da média do mercado.
Contudo, empresas como a Enauta já oferecem outras oportunidades de investimento. Uma delas, por exemplo, é um título de renda fixa que paga IPCA + 6,06% isentos de Imposto de Renda.
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ENAT3? Você pode ganhar dinheiro com a Enauta sem comprar as ações
Companhias como a Enauta, que ainda não oferecem uma solidez de receitas e dependem de Capex, costumam financiar parte de suas operações emitindo dívidas.
Em outras palavras, essas empresas injetam no mercado títulos de renda fixa, as chamadas debêntures.
Uma debênture da Enauta, com vencimento em 2029 e juros semestrais, por exemplo, está pagando um retorno líquido de IPCA + 6,06%, isentos de Imposto de Renda.
Ela já fazia parte da carteira de crédito privado da Empiricus, desenhada pela analista Laís Costa, especialista em renda fixa.
Segundo Laís, a Enauta, apesar do alto volume de Capex, possui uma posição bastante vantajosa como emissora, já que:
- Possui baixo histórico de endividamento;
- Tem um cronograma de amortização da dívida confortável;
- Está com uma forte posição em caixa.
“A tese é favorável e a notícia da possível fusão não muda isso. Por isso, estamos mantendo a Enauta em nossa carteira de abril”, afirma Laís Costa.
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Debêntures são as novas “queridinhas” do mercado de renda fixa; entenda o movimento
Os títulos de renda fixa emitidos por empresas, as debêntures, vem ganhando bastante espaço no mercado financeiro nos últimos meses.
Segundo a B3, o volume de investidores que aportam nesses títulos cresceu 28% em 2023. O valor aportado também subiu 24%, chegando a quase R$ 120 bilhões.
Esse movimento ocorreu porque a modalidade oferece duas importantes vantagens para quem investe em renda fixa:
- Por possuírem maior risco, oferecem retornos acima da média;
- No caso de empresas de infraestrutura, os títulos são isentos de Imposto de Renda.
Com as novas restrições da CVM a títulos isentos (CRI, CRA, LCI e LCA), a tendência é a de que a procura por esses títulos aumente ainda mais nos próximos anos.
Contudo, é importante destacar que as debêntures não são uma mera substituta do Tesouro Direto ou dos CDBs.
Além do risco maior, elas também não possuem tanta liquidez. Assim, são uma opção para turbinar o retorno com risco controlado, mas devem compor apenas uma fatia da carteira e jamais devem ser consideradas na composição de uma reserva de emergência.
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Enauta e mais 3: confira os melhores títulos de renda fixa privada para investir agora
A Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual, seleciona mensalmente os melhores títulos de crédito privado para investir.
O objetivo da carteira é “turbinar” os retornos do investidor de renda fixa, oferecendo títulos premium que pagam acima da média do mercado e que possuam risco controlado.
Além da recomendação, o relatório gratuito explica em detalhes como um dos títulos, bem como o momento do emissor e o percentual máximo recomendado de exposição.
Em abril, a carteira possui quatro títulos, com os retornos abaixo:
Os quatro títulos são debêntures incentivadas, ou seja, isentos de Imposto de Renda. Todos também estão indexados ao IPCA, modelo que, segundo Laís, é o mais favorável para aproveitar as distorções do momento.
“É possível capturar um ganho interessante no juro real, que é o que o investidor deveria procurar todo dia: um ganho acima da inflação”, explica.
Para Laís, existe uma boa oportunidade de ganhos nesse tipo de ativo no cenário atual, tanto pela possibilidade de “travar” um prêmio atrativo acima da inflação, quanto por possíveis ganhos na marcação a mercado.
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