A Federação Única dos Petroleiros (FUP) expressou preocupação na terça-feira (12) em relação à ausência da Petrobras no leilão de 38 blocos exploratórios promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O evento, agendado para quarta-feira (13), levanta questionamentos sobre o motivo da não participação da maior empresa brasileira.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, destacou a importância da Petrobras, ressaltando seu menor custo de extração em águas ultraprofundas globalmente. A ausência da estatal no leilão, especialmente nas áreas do pré-sal, preocupa a FUP, que defende a total estatização da Petrobras e o retorno do monopólio estatal do petróleo.
Desafios e Posicionamento da FUP:
A FUP argumenta que a Petrobras, como empresa 100% estatal, é crucial para a segurança energética nacional e global. Contudo, enfatiza a necessidade de considerar elementos como soberania nacional, sustentabilidade, respeito às comunidades locais e desenvolvimento socioeconômico ao explorar novas áreas.
O diretor técnico do Ineep, Mahatma Ramos dos Santos, aponta incertezas em relação ao leilão, destacando a ausência da Petrobras, potenciais impactos ambientais e sociais, além do histórico prévio dessas áreas em leilões anteriores. Ele questiona a expectativa da ANP em relação à concorrência, sugerindo que a ausência da Petrobras pode influenciar negativamente os bônus de assinatura.
Perspectivas e Preocupações:
Enquanto o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, menciona o potencial de concorrência com a participação de seis grandes empresas, Santos expressa dúvidas sobre o alcance dessa expectativa. Ele sugere um possível interesse de empresas de menor escala nas áreas terrestres disponíveis no leilão.