A Arauco (ANTCOC.UL), renomada fabricante chilena de celulose e painéis de madeira, anunciou a construção de sua fábrica de celulose da Arauco no Brasil, chamada “Projeto Sucuriú”. Essa nova unidade, localizada no Mato Grosso do Sul, representa um marco significativo no setor de celulose e um investimento de 4,6 bilhões de dólares, o maior da história da companhia. Neste artigo, analisaremos os detalhes desse projeto, seu impacto econômico e as implicações para o mercado de celulose.
Detalhes do Projeto Sucuriú
O investimento de 4,6 bilhões de dólares destina-se à construção da fábrica, que terá uma capacidade de produção anual de aproximadamente 3,5 milhões de toneladas de celulose. Além disso, a finlandesa Valmet (VALMT) será a fornecedora de equipamentos para a nova unidade. Consequentemente, a Arauco projeta que as operações comecem no último trimestre de 2027. Entretanto, essa data pode sofrer alterações devido a possíveis adiamentos durante a fase de desenvolvimento do projeto, que já está em estágio de terraplanagem.
Comparação com a Concorrência
Ao ser finalizada, a fábrica da Arauco deverá superar a nova unidade de produção da Suzano (SUZB3), que entrou em operação no final de julho deste ano em Ribas do Rio Pardo, também no Mato Grosso do Sul. A Suzano possui uma linha de produção com capacidade para 2,55 milhões de toneladas. Assim, a Arauco está posicionando-se para se tornar um dos principais players do setor no Brasil, com um investimento significativo que promete mudar o cenário da celulose no país.
Financiamento e Sustentabilidade
Para financiar a construção da nova unidade, a Arauco planeja emitir dívida, realizar um aumento de capital de até 1,2 bilhão de dólares e utilizar recursos próprios. Além disso, a fábrica da Arauco terá um impacto positivo na geração de energia, produzindo mais de 400 megawatts (MW), dos quais cerca de 200 MW serão consumidos internamente. A energia excedente será suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes e será disponibilizada ao sistema nacional.
Política Industrial Favorável
O governo do Mato Grosso do Sul tem uma política industrial e florestal “bem estruturada” para o setor, o que cria um ambiente propício para a instalação da nova fábrica. Ademais, o Estado apresenta um clima “muito favorável” à plantação de eucalipto. Essa árvore, que demora cerca de sete anos para crescer até o ponto ideal de corte, tem um ciclo de cultivo significativamente mais curto do que no Chile, onde leva cerca de 12 anos.
Impacto Econômico
A fábrica de celulose da Arauco no Brasil não apenas representará um investimento robusto, mas também impulsionará a economia local. A construção da nova unidade pode gerar milhares de empregos diretos e indiretos, beneficiando a comunidade local. Além disso, a Arauco já opera na região desde 2009, desenvolvendo manejo florestal e comercialização de madeira. Portanto, a nova fábrica representa uma continuidade de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social.
Oportunidades para o Setor
O projeto Sucuriú abre novas oportunidades para o setor de celulose no Brasil. Consequentemente, espera-se que o aumento da capacidade de produção resulte em preços mais competitivos e em um maior fornecimento de celulose no mercado. Além disso, o desenvolvimento da infraestrutura local pode atrair outros investidores, potencializando o crescimento econômico da região.
Conclusão
Em resumo, a fábrica de celulose da Arauco no Brasil representa um investimento significativo que promete transformar o setor de celulose e impulsionar a economia local. A nova unidade não apenas aumentará a capacidade de produção, mas também contribuirá para a geração de energia e para o desenvolvimento sustentável da região. Dessa forma, a Arauco está se posicionando como um líder no mercado de celulose, com um projeto que promete ter um impacto duradouro.
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