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Em um ano de conflitos no Oriente Médio, o que podemos esperar para o petróleo adiante? Analista responde

O ano de 2024 está sendo bem volátil para o preço do barril de petróleo. Nesta segunda-feira (7), completa um ano desde o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel que escalou para o conflito que se perpetua até hoje, em uma região mundialmente conhecida pelas exportações da commodity

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Na visão do analista de macroeconomia da Empiricus Research, Matheus Spiess, esses altos e baixos são derivados especialmente de dois fatores relacionados à oferta e à demanda do petróleo

Demanda do petróleo começa o ano enfraquecida

A economia americana e chinesa têm um grande potencial de ditar o que acontece com o preço de diversos segmentos e produtos. No caso do barril de petróleo, a ascensão econômica dos EUA registrada no primeiro trimestre, somado com uma China enfraquecida, fez com que os preços sofressem pela demanda mais enxuta. 

Além disso, alguns dos países membros da OPEP+ passam por dificuldades de cumprir com a ofertabilidade do mercado em geral. Conforme informações da Bloomberg News, em setembro alguns membros solicitaram o adiamento de um aumento planejado na produção de petróleo devido a uma demanda mais frágil.  

Já do ponto de vista da oferta do petróleo, Spiess destaca os conflitos na região do Oriente Médio. No panorama dos últimos dois anos, a tensão inicialmente entre Rússia e Ucrânia em 2022, seguida pelos ataques entre Israel e Hamas, arrastam uma tensão geopolítica há dois anos.

“Desde 2022, a gente observou alguns choques relevantes no petróleo e ainda não vimos nenhuma solução para os conflitos, que têm tido respostas escalatórias”, comenta Spiess.

O que podemos esperar para o petróleo em 2025?

Conforme recapitula Spiess, no começo do ano, o preço do barril de petróleo flertava com uma contínua aceleração, em paralelo à desaceleração na economia chinesa.

Os novos estímulos do país neste quarto trimestre, entretanto, dão um suporte para que o valor atinja novos patamares de preço. Além disso, a demanda norte-americana foi renovada para cima, ao mesmo tempo que as tensões no Oriente se consolidam e geram uma chance de escalada mais preocupante. “Nesse contexto, Israel enfrenta uma guerra multifrontal sem uma resolução clara à vista”, afirma Spiess. 

“Tudo isso faz com que o petróleo volte para mais perto de US$ 80 por barril do que US$ 70 como vimos no terceiro semestre. O que a gente tem é um ponto de inflexão na economia americana e normalização na China”, comenta o analista. 

Em sua visão, o preço do petróleo foi impulsionado pelos riscos que essa situação impõe à cadeia global de suprimentos.

Ademais, Spiess acrescenta que esta alta pode ser benéfica para a balança comercial brasileira e pode ser um dos motivos para o Banco Central subir mais os juros no Brasil. 

Como investir de olho na volatilidade 

Neste ritmo, uma estratégia para os investidores se protegerem é o Kit Geopolítico de investimentos. O “Kit” recomendado pelo analista é constituído de ativos de renda fixa até alguns mais voláteis, na renda variável. A proposta é conseguir capturar lucros de olho nas oscilações do mercado internacional e de commodities. 

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