A Eletrobras (ELET6) divulgou resultados do 3T24 que confirmam a trajetória de melhora operacional, apesar dos efeitos não-recorrentes que atrapalham a comparação.
Receita de Geração cresceu 25,6%, mas Transmissão recuou 13,5% em 12 meses
No trimestre, a receita de Geração aumentou 25,6%, ajudada pela repactuação do risco hidrológico de Tucuruí e incorporação da usina Teles Pires, parcialmente compensados pela queda de receita de usinas térmicas que foram vendidas.
Por outro lado, a receita de Transmissão recuou 13,5%, afetada pela revisão tarifária negativa de algumas concessões e impactos de postergação de processos de revisão tarifária.
Ainda assim, no consolidado a receita líquida Regulatória atingiu R$ 10,6 bilhões, com alta de 7,3% para o 3T23.
No trimestre, a companhia apresentou crescimento de 34% nos gastos não gerenciáveis, especialmente com energia para revenda e uso de rede, reflexo da piora dos reservatórios e incorporação de Teles Pires.
Eletrobras manteve bom controle de gastos gerenciáveis
Por outro lado, observamos mais um bom trimestre de controle de gastos gerenciáveis, com a linha de PMSO (Pessoas, Materiais, Serviços e Outros) crescendo apenas +1% vs 3T23.
Além disso, houve reversão de provisões de aproximadamente R$ 405 milhões ajudada, entre outros fatores, pela evolução dos processos envolvendo empréstimos compulsórios – aliás, o estoque de compulsórios caiu R$ 1 bilhão na comparação com o 2T24 e R$ 4,7 bilhões vs 3T23.
Com isso, o Ebitda atingiu R$ 6,97 bilhões, com alta de 8,7% para o 3T23, e margem de 65%.
Apesar de efeitos não-recorrentes, lucro líquido da Eletrobras subiu 4,6% em 12 meses
Mesmo com menores encargos de dívida, o resultado financeiro acabou piorando por conta de diversos efeitos, como atualizações monetárias sobre contingências, encargos setoriais, entre outros, que impactaram um pouco o resultado final. Ainda assim, o lucro líquido atingiu R$ 2,5 bilhões, com alta de 4,6% para o 3T23.
Elétrica tem conseguido aproveitar os preços de energia mais altos
Com relação ao portfólio de energia vendida, a companhia indicou que o saldo de energia descontratada caiu cerca de 2 pontos percentuais em 2025, 2026 e 2027 na comparação com o 2T24, com o intervalo de preços subindo R$ 5/MWh também, o que mostra que ela está conseguindo aproveitar o ambiente de preços de energia mais elevados.
A Eletrobras segue mostrando evolução de resultados, com bom controle de gastos e melhor alocação de capital. Por menos de 6x Valor da Firma/Ebitda esperados para 2025, Eletrobras (ELET6) segue entre as recomendações da Empiricus Research.
O post Eletrobras (ELET6): 3T24 mostra melhora operacional contínua da elétrica, mesmo com efeitos não-recorrentes; vale a pena investir? apareceu primeiro em Empiricus.