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Dólar não vai ‘para a lua’ e investidor está mais aberto ao risco após Trump, diz gestor da Empiricus em live do Carteira Universa

O mercado observou uma grande retirada em hedges nesta quarta-feira (6). Segundo João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, o movimento foi inspirado pela vitória de Donald Trump nas eleições americanas

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Em live dedicada ao Carteira Universa, fundo da Empiricus Gestão, o gestor explicou que muitos posicionamentos em ativos atrelados a ouro e classes de investimento mais “seguras” foram reduzidos, demonstrando investidores mais dispostos a ativos com maior nível de risco. 

“O que vimos no pregão de hoje (6) foi o desmonte de muitos hedges e recompra de ações. Os investidores, que estavam super preocupados com quem seria o novo presidente dos EUA, tomaram seus rumos”, Piccioni afirma. 

Apesar disso, ele comenta que essa troca de carteiras tão grande pode ter sido exagerada”, propondo que o cenário econômico a priori não seria tão diferente caso a vencedora tivesse sido a candidata democrata Kamala Harris

Dólar não vai ‘para a lua’: moeda cai 1,26% após Trump vencer eleições

Na quarta-feira (6), o dólar encerrou o dia negociado a R$ 5,674, uma queda de 1,26%. A variação cambial surpreendeu as projeções de mercado que esperavam um fortalecimento ainda mais robusto da moeda americana com o retorno do republicano ao poder. 

Sobre o assunto, Piccioni comenta que isso também pode ter uma reviravolta positiva para o cenário brasileiro. “Quando o mercado repara no balanço do Fed e quanto o Tesouro americano vai colocar de dinheiro na economia, isso demonstra haver um aumento no apetite de risco dos americanos – que deve se dispersar pelos países emergentes, como Brasil”, explica o CIO. 

“A mudança de humor vai contagiar e quem sabe [vem] um bom rali de natal, como vemos sendo clássico”, comenta Piccioni.

Recuperação da bolsa brasileira vem aí: “mantenha-se posicionado”

Neste cenário mais otimista com investimentos em ações, Felipe Miranda, estregista-chefe e CIO da Empiricus Research, diz que sua única dúvida é quanto ao timing:

“Eu não tenho como dizer quando vai acontecer a super alta da bolsa brasileira, mas acho que o mais tardar é o ano de 2026. Não tenho dúvidas de que estamos contratados para um grande ciclo brasileiro”, afirma o estrategista e completa: “Como vimos de 2016 para 2019, quando a bolsa de valores saltou de 40 mil pontos para 120 mil pontos”. 

Além disso, o analista acredita que um novo governo Trump é capaz de valorizar mais as empresas. “Isso pode voltar a pautar o Ocidente como um todo”, afirma Miranda. 

Para conferir todos os assuntos discutidos na live mensal do Carteira Universa, assista à transmissão completa no vídeo abaixo. 

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