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Disney (DISB34): impulsionado pelos streamings, gigante do entretenimento encerra setembro otimista; saiba mais

Na quinta-feira (14), antes da abertura do pregão, a gigante do entretenimento Disney (B3: DISB34 | NYSE: DIS) apresentou os seus balanços do quarto trimestre do ano fiscal de 2024 (encerrado em setembro) e, consequentemente, do ano.

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Os números do balanço da Disney surpreenderam positivamente as expectativas do mercado.

Receita da Disney tem crescimento tímido no trimestre

No 4T24, a receita da Disney foi de US$ 22,574 bilhões, crescimento de 6,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O aumento veio principalmente pelo segmento de Entretenimento, com vendas de US$ 10,829 bilhões (+13,7% vs. 4T23), devido ao bom trimestre dos Serviços de Streaming da Disney+ (US$ 5,783 bilhões, +14,8%) e de Venda de Conteúdo e Licenciamento (US$ 2,585 bilhões, +38,9%), que mais do que compensaram mais um período de queda das Redes de TV, Disney Channel e outros, (US$ 2,461 bilhões, -6,4%).

Por outro lado, a parte de Esportes (US$ 3,914 bilhões, +0,1% vs. 4T23) e de Experiências (US$ 8,240 bilhões, +1%) ficaram na estabilidade.

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Streamings do Disney+ e vendas revertem preuízo operacionais

Já o lucro operacional apresentou uma forte alta de 22,8% na comparação anual, totalizando US$ 3,655 bilhões, graças ao melhor resultado da parte de Entretenimento (US$ 1,067 bilhão, +352% vs. 4T23).

Isso porque, apesar da queda significativa das operações de Redes de TV (US$ 498 milhões, -38,1% vs. 4T23), a parte dos Streamings e de Venda de Conteúdo e Licenciamento reverteram os prejuízos operacionais de um ano atrás para lucro: enquanto o primeiro reportou US$ 253 milhões de lucro operacional (ante perdas de US$ 420 milhões), o segundo teve lucro de US$ 316 milhões (comparado com prejuízo de US$ 149 milhões).

O número no trimestre só não foi melhor devido ao recuo na parte de Esportes (US$ 929 milhões, -5,3% vs. 4T23), com resultados piores tanto nas operações dos EUA como Internacional; e de Experiências (US$ 1,659 bilhão, 5,6%), com queda de mais de 32% nas operações Internacionais.

O lucro líquido ajustado da Disney somou US$ 2,238 bilhões, o equivalente a US$1,14 por ação, valor 39% acima do reportado no mesmo trimestre de 2023.

Além do forte crescimento nos lucros, a geração de caixa da Disney melhorou significativamente no período. No 4T24, o fluxo de caixa operacional totalizou US$ 5,518 bilhões (+14,9% vs. 4T23), e mesmo já descontando os investimentos (fluxo de caixa livre), somou US$ 4,029 bilhões (+17,5%).

Os resultados referentes ao ano fiscal de 2024 mostraram uma dinâmica parecida com o 4T24.

A receita no período foi de US$ 91,361 bilhões, aumento de 2,8% em relação a 2023. Só que, neste caso, todas as linhas de negócios apresentaram leve crescimento: Entretenimento, US$ 41,186 bilhões (+1,4% vs. 2023); Esportes, US$ 17,619 bilhões (+3%); e Experiências, US$ 34,151 bilhões (+4,9%).

Mas é importante salientar que, mesmo tendo apresentado a menor taxa de crescimento anual dos três segmentos, a parte de Entretenimento só conseguiu reportar aumento nas vendas graças a boa performance do Serviços de Streaming, com faturamento de US$ 22,776 bilhões (+14,5% vs. 2023), uma vez que as outras parte do negócio tiveram queda na receita: Redes de TV, US$1 0,692 bilhões (-8,6%); e Venda de Conteúdo e Licenciamento, US$ 7,718 bilhões (-14,7%).

Já o lucro operacional aumentou 21,3% na comparação anual, totalizando US$ 15,601 bilhões. Mais uma vez, o grande responsável foi a parte de Entretenimento (US$ 3,923 bilhões, +172% vs. 2023), graças ao primeiro ano em que os Serviços de Streaming reportaram resultado positivo — somando US$ 143 milhões, ante prejuízo de US$ 2,496 bihões no ano anterior.

Lucro líquido ajustado da Disney sobre 32% no ano e perspectivas para segmento são positivas

Na linha final de resultado, o lucro líquido ajustado da Disney totalizou US$ 9,997 bilhões, ou US$ 4,97 por ação, valor 32,2% maior do que o reportado no ano anterior.

No ano, a companhia também apresentou forte aumento no fluxo de caixa operacional (US$ 13,971 bilhões, +41,6% vs. 2023), assim como do fluxo de caixa livre (US$ 8,559 bilhões, +74,8%).

Como já estamos dizendo há algum tempo, parte importante da tese na Disney está ligada à melhoria nas suas operações de streaming.

Apesar do seu serviço principal ainda estar distante da sua maior rival, o Netflix (NFLX34)— com o Disney+ encerrando o trimestre com 122,7 milhões de assinantes (3,7% vs. 4T23), contra mais de 280 milhões da sua competidora — a distância diminui quando somado os clientes do Disney+ Hotstar (35,9 milhões, +1,1%), do Hulu (52 milhões, +1,8%) e da ESPN+ (25,6 milhões, 2,9%).

Sem falar na melhora contínua na lucratividade desses produtos. Se no auge essas plataformas somadas davam prejuízo de aproximadamente US$1,5 bilhão, trimestre após trimestre a empresa foi ajustando essas operações, até chegar no campo positivo nos dois últimos resultados.

Após encerrar o ano com um lucro levemente superior a US$100 milhões (ante prejuízo de US$2,6 bilhões em 2023), a perspectiva é de que essa parte do negócio continue melhorando o resultado final da companhia daqui para frente. Para o ano fiscal de 2025, por exemplo, a direção espera um lucro operacional perto do US$1 bilhão.

Figura 6. Resultado das operações de streaming da Disney | Fonte: Disney

É investidor da Disney? As expectativas prometem

Os números para 2025 indicam um aumento de 5% a 10% no lucro por ação da Disney, com um fluxo de caixa operacional na casa dos US$15 bilhões e um fluxo de caixa livre próximo dos US$8 bilhões. Além disso, a ideia da direção é continuar aumentando o dividendo de acordo com o crescimento dos lucros, somado a uma programa de recompra de US$3 bilhões no ano.

Para 2026 e 2027, a direção espera reportar crescimento de dois dígitos no lucro por ação ajustado.

Sem falar que a empresa já havia prometido realizar investimentos da ordem de US$60 bilhões nos próximos 10 anos, o que poderia melhorar ainda mais o resultado final.

Os investidores aparentemente gostaram do que viram, tanto que a ação DIS se valorizou mais de 12% nos dois dias seguintes à divulgação dos resultados, ultrapassando os US$115/ação.

Mesmo assumindo que a taxa de aumento fique perto da parte inferior do intervalo sugerido, aos preços atuais estamos falando de uma ação negociando por 22 vezes seus lucros para o ano fiscal de 2025 e cerca de 20 vezes para o ano seguinte. Dessa forma, ainda enxergo potencial de valorização nas ações da Disney (B3: DISB34 | NYSE: DIS), e manterei a empresa na categoria Alta Convicção por enquanto.

De olho na Disney e outras companhias, os analistas da Empiricus Research separaram uma lista com 10 ações internacionais para comprar agora. São os papéis mais promissores no cenário atual e reúnem fundamentos para valorizar em breve. Você pode acessar a lista completa 100% gratuita aqui.  

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