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DeepSeek ‘estourou a bolha’ da IA? CIO da Empiricus Gestão ainda vê muito dinheiro na mesa: ‘estamos diante de um almoço grátis’

Nem mesmo os menos antenados em tecnologia ficaram alheios ao caso DeepSeek. O lançamento do modelo de inteligência artificial da startup chinesa homônima causou uma perda de mais de US$ 1 trilhão em valor de mercado (quase R$ 6 trilhões, na cotação atual) para as big techs norte-americanas e deixou uma dúvida no ar: existe uma bolha no mercado de tecnologia?

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Esse foi o tema do Workshop “DeepSeek: O fim ou o início de tudo?”, da Empiricus Gestão, no BTG Summit, evento voltado para clientes e parceiros do maior banco de investimentos da América Latina.

Para relembrar o caso, a chinesa DeepSeek lançou, no final de janeiro, um modelo de IA que necessita de um investimento muito menor para ser treinado – cerca de US$ 6 milhões – em comparação aos grandes laboratórios e big techs, que investem cerca de US$ 100 milhões nesses treinamentos. 

Isso gerou dúvidas no mercado quanto à validade dos investimentos massivos das gigantes de tecnologia ocidentais e até um temor sobre uma possível “bolha” no mercado. O susto veio acompanhado de uma perda trilionária para as companhias americanas do setor. 

Na ocasião, a Nvidia (NVDA), por exemplo, amargou uma queda de 17% no seu valor de mercado.

“Muita gente não imaginava que a China estava tão evoluída quando o assunto é IA e, na verdade, ela está. Existe um ecossistema muito robusto e muito complexo em ebulição”, destaca Pedro Carvalho, analista de tecnologia da Empiricus Gestão.

Afinal, como surgiu a DeepSeek?

Carvalho lembra que, apesar de a empresa ser pouco conhecida globalmente, a história do dono da DeepSeek, Liang Wenfeng, com a Inteligência Artificial é antiga. “Não estamos falando de qualquer empresa”.

Em 2015, Wenfeng cofundou a High-Flyer, um fundo de hedge voltado para o desenvolvimento de máquinas poderosas para rodar esse tipo de algoritmos.

“Ganharam forte reconhecimento em 2018 e começaram a construir o primeiro supercomputador, com cerca de 1.100 aceleradores da Nvidia. Isso consolidou a posição deles na China e o fundo conseguiu um patrimônio sob gestão de US$ 8 bilhões. Nesse momento, eles viram a necessidade de desenvolver um outro supercomputador, com 10 mil placas da Nvidia. A região Ásia-Pacífico tinha cinco supercomputadores, e eles tinham um desses cinco”, conta Carvalho.

A essa altura, o hedge fund de Wenfeng tinha uma das melhores infraestruturas da Ásia – o que, claro, atraiu diversos talentos para a companhia.

“Quando chega em 2023, que é a criação do DeepSeek, eles já tinham muito recurso computacional e um time excepcional formado por pessoas da própria China. Não vamos nos surpreender se ao longo de 2025 tivermos novas inovações da DeepSeek”, disse Carvalho.

O analista explica que o tempo médio de vida dos clusters de IA é de cerca de 3 anos. Por isso, as restrições comerciais feitas por Joe Biden, ex-presidente dos EUA, no final de 2023 não impediram que a DeepSeek desenvolvesse seu modelo. 

As big techs estão caras ou ainda existe potencial na mesa?

Embora existam estudos sobre o tema inteligência artificial desde a década de 1950, o analista da Empiricus Gestão lembra que essa tecnologia está só no início de sua jornada. 

“A demanda vai crescer de forma considerável nos próximos anos. Até 2030, a expectativa é que tenhamos US$ 20 trilhões de mercado endereçável. É uma fatia relevante do PIB mundial. A IA é um bebê apoiado no ombro de gigantes, e essas gigantes são exatamente as big techs. Será que elas estão realmente caras?”, perguntou Carvalho.

Quem respondeu a essa pergunta foi o CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni. E ele foi direto: “as big techs não estão caras”.

“O mercado espera que as cinco maiores empresas da bolsa americana (Microsoft, Nvidia, Apple, Amazon e Meta) cresçam seus lucros em 20% em 2025. Elas cresceram 44% em 2024”, disse o analista.

Por outro lado, o mercado espera um crescimento de 11% para as empresas que não são de tecnologia em 2025 – elas cresceram 2% no último ano. “Existe uma diferença de expectativa em relação às big techs e as empresas da economia real”, afirma o CIO da Empiricus.

Como explica Piccioni, o mercado atribui hoje uma expectativa de crescimento de lucro muito maior às empresas ligadas à economia real em relação às big techs, quando nos últimos anos o que se observou foi o contrário. 

Ao longo da última década, o índice Nasdaq, ligado às empresas de tecnologia, subiu 19,82% em dólares ao ano. “E os lucros cresceram 18% ao ano. A tecnologia avança na mesma proporção dos lucros”. 

Enquanto isso, o S&P 500 (índice com as 500 principais empresas listadas em bolsa nos Estados Unidos) registrou um retorno anualizado em dólares de 12,6% nos últimos 10 anos. “Mas o lucro do S&P 500 cresceu 9% ao ano. Um gap maior”, disse.

Vamos continuar a ver as big techs empilhando retornos nos próximos anos e isso vai fazer preço. Elas vão continuar subindo. Estamos diante de um verdadeiro almoço grátis aqui. O potencial é muito grande e quem participar agora vai ter um desempenho muito bom lá na frente”, destaca Piccioni

Onde investir para buscar aproveitar o ‘almoço grátis’ das big techs?

O CIO da Empiricus Gestão recomenda três fundos de investimento da casa para aqueles investidores que buscam se expor parte do patrimônio ao setor tecnológico.

  1. Empiricus Tech Select, o “carro-chefe”

“No Tech Select, temos preferência por grandes companhias. Investimos nas grandes big techs de forma selecionada. Para o investidor que está começando, pode comprar as melhores empresas do mundo, com uma diversificação interessante em teses que acreditamos. A maior posição do fundo hoje é a Amazon (AMZO34), e a segunda maior é a Meta (M1TA34)”, resumiu Piccioni. 

O Tech Select valorizou 49,9% nos últimos 12 meses. Para saber mais informações sobre o fundo, clique aqui

  1. Empiricus Tech Bets, um fundo mais ‘apimentado’

“É um fundo dolarizado, um pouco mais apimentado. Procuramos empresas que estão na fronteira, divulgando coisas novas. Prestamos atenção, por exemplo, no surgimento da computação quântica. O nosso caso de sucesso no ano passado subiu mais de 700%. Procuramos o case que vai desafiar o mundo das big techs e se multiplicar”, explicou Piccioni. 

O Tech Bets valorizou 63% nos últimos 12 meses. Conheça melhor o fundo neste link.

  1. Empiricus Tech Chain, o fundo mais “concentrado”

“O Empiricus Tech Chain tem uma pegada parecida com o Tech Select, mas é mais concentrado. Escolhemos os nossos campeões. Vamos ter um número menor de posições dentro das carteiras”, afirmou o CIO da Empiricus Gestão. 

O Tech Chain valorizou 55,6% nos últimos 12 meses. Conheça melhor o fundo e saiba como investir aqui.

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