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Curva de juros precifica alta da Selic até o final de 2024; veja 3 títulos prefixados para investir nesse cenário

Nos EUA, o dado de inflação (CPI) de julho registrou alta de 0,2% m/m, em linha com as estimativas dos economistas. No acumulado de 12 meses, o indicador ficou ligeiramente abaixo das estimativas (2,9% versus 3,0%), principalmente devido aos preços de energia.

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No que tange a medida de núcleo (que exclui os itens mais voláteis), houve uma aceleração de 0,165% m/m, com destaque para a maior alta em três meses (0,3% m/m) do núcleo de serviços, enquanto o núcleo de bens registrou deflação de 0,3%, menor variação em um ano. Em relação aos preços dos aluguéis aos inquilinos e o equivalente aos proprietários (OER), as leituras ainda foram fortes, com alta de 0,5% e 0,4% no mês, respectivamente.

De maneira geral, o dado confirmou a desaceleração do índice de preços que retornou para o seu menor patamar desde 2021. O resultado reforça as apostas de que o Federal Reserve deve iniciar o corte de juros na próxima reunião, embora a magnitude do corte ainda não seja consenso entre os agentes de mercado.

Por isso, a fala do Presidente Jerome Powell no Congresso Anual de Jackson Hole, programada para sexta-feira (23) às 11h, será acompanhada de perto por todo o mercado.

E no Brasil?

No calendário econômico doméstico, as vendas no comércio varejista de junho superaram as expectativas, com uma queda de -1,0% versus a estimativa de -0,2% m/m, com revisão de 1,2% para 0,9% m/m. No acumulado do ano, o setor registrou alta de 4,0% a/a, abaixo da estimativa de 5,7% esperada pelo mercado. Além disso, a leitura anterior também foi revisada para baixo, saindo de 8,1% para 7,8%.

A principal surpresa acentuada veio dos setores de hiper e supermercados, além de alimentos, bebidas e fumo, que registraram uma queda significativa de -2,1% m/m, pressionados pela inflação nos alimentos para consumo domiciliar.

Por outro lado, o segmento de móveis e eletrodomésticos cresceu 2,6% m/m, demonstrando um desempenho robusto e ajudando a suavizar a queda nas vendas do varejo como um todo. O resultado do varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, também surpreendeu positivamente, com crescimento de 0,4% m/m, superando as expectativas de estabilidade.

Apesar da retração pontual, o comércio varejista acumula alta de 3,6% nos últimos 12 meses, marcando o 21º mês seguido de crescimento. 

BC endureceu a comunicação

Contudo, o grande destaque da semana passada foi o fim do período de silêncio do Banco Central com um notável endurecimento da comunicação da autarquia

Desde a ata do último Copom divulgada na última terça-feira (13), que reforçou uma mensagem de vigilância e cautela, temos visto uma série de falas duras de diretores do Banco Central. Ainda na terça-feira (13), o diretor Diogo Guillen destacou a forte coesão entre os membros do comitê da autarquia e o compromisso com o atingimento da meta inflacionária de 3% ao ano.

Na mesma linha, o diretor Gabriel Galípolo (provável sucessor de Roberto Campos Neto) afirmou em sua fala mais recente que todas as opções estão sobre a mesa na próxima reunião do Copom. Galípolo ainda destacou que o crescimento econômico vem sendo revisado para cima e que a piora das expectativas de inflação têm gerado um incômodo significativo entre os diretores. Finalmente, Galípolo argumentou que os membros do Copom não deveriam se intimidar diante de reações políticas e defendeu a importância de construir credibilidade por meio de “palavras e ações que sejam coerentes”.

Mercado mudou suas projeções para a taxa Selic

Nos últimos dias, diversos agentes de mercado revisaram suas projeções de Selic para 2024 e 2025. Ontem (19), o relatório Focus mostrou o início desse movimento que deve se estender nas próximas semanas. Para o próximo Copom, criou-se o consenso de que o ciclo de alta de juros será reiniciado. Resta alguma dúvida em relação à magnitude do ajuste que será anunciado (25 bps ou 50 bps).

De todo modo, como temos falado, a curva de juros já precifica cerca de 100 pontos-base de alta até o final deste ano e uma Selic terminal de aproximadamente 12% ao ano em meados de 2025. Por isso, ainda gostamos dos títulos prefixados nos níveis atuais.

Cardápio da semana: confira os títulos de renda fixa recomendados

Características da LCA prefixada do Banco BTG Pactual
Classificação de risco da instituição Fitch: AAA(bra)
Público-alvo Investidores em geral
Onde encontrar BTG Pactual
Aplicação mínima R$ 500,00
Aplicação máxima
Liquidação D+0
Vencimento (prazo) 20/02/2026 (549 dias corridos)
Rentabilidade anual 10,43%
Tributação Isento
Pagamento de juros No vencimento
Resgate No vencimento
Garantias Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação 17h45
A taxa líquida da LCA do Banco BTG Pactual é equivalente a uma taxa bruta de 12,6% ao ano.
Características da CDB prefixado do Banco Daycoval
Classificação de risco da instituição Fitch: AAA (bra)
Público-alvo Investidores em geral
Onde encontrar Daycoval
Aplicação mínima R$ 1 mil
Aplicação máxima
Liquidação D+0
Vencimento (prazo) 23/08/2027 (1098 dias corridos)
Rentabilidade anual 13,00%
Tributação 15%
Pagamento de juros No vencimento
Resgate No vencimento
Garantias Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação 18h
Características do CDB prefixado do Paraná Banco
Classificação de risco da instituição Fitch: AA-(bra)
Público-alvo Investidores em geral
Onde encontrar Paraná Banco
Aplicação mínima R$ 100
Aplicação máxima
Liquidação D+0
Vencimento (prazo) 18/08/2025 (361 dias corridos)
Rentabilidade anual 13,00%
Tributação 17,50%
Pagamento de juros No vencimento
Resgate No vencimento
Garantias Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação 17h

As taxas e vencimentos do títulos indicados nas tabelas acima são referentes ao dia 20 de agosto de 2024 e, portanto, são válidos apenas para o dia de hoje (20).

Para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo, recomendamos apenas o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero

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