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Atmosfera nos mercados financeiros é de cautela nesta quarta (7), com declarações de membros do Fed e petróleo em alta

Imagem de gráfico e números que representam o mercado financeiro
Reprodução: Shutterstock

Bom dia, pessoal. A atmosfera nos mercados financeiros nesta quarta-feira (7) é de cautela, contrastando com o otimismo de terça. Espera-se declarações de membros do Federal Reserve hoje, embora as expectativas de anúncios significativos sejam baixas. O consenso é que a economia dos Estados Unidos permanece robusta, o que pode retardar a desaceleração da inflação. Por isso, prevê-se que eventuais reduções nas taxas de juros ocorram somente entre maio e junho.

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Enquanto isso, o governo chinês segue implementando medidas de estímulo, mas persistem dúvidas sobre sua capacidade de superar os desafios estruturais profundos.

No cenário internacional, os preços do petróleo estão em alta, refletindo as tensões no Oriente Médio.

Em relação à situação em Gaza, o Hamas declarou que não aceitará um cessar-fogo sem garantias concretas de que os conflitos chegarão a um fim e as forças israelenses se retirarão. Isso torna a perspectiva de paz mais incerta.

Na Europa, o índice Stoxx 600 apresenta queda matinal, enquanto os futuros de ações nos EUA indicam uma abertura levemente negativa.

A ver…

· 00:53 — De volta aos 130 mil pontos

No mercado brasileiro, os ativos nacionais fizeram o Ibovespa ultrapassar a marca dos 130 mil pontos novamente, impulsionados principalmente pelo desempenho positivo dos grandes bancos, destacando-se o Itaú, conforme discutido anteriormente.

Hoje, aguardamos a divulgação dos resultados do Bradesco, acompanhados de um plano estratégico destinado a reformular as operações do que é o segundo maior banco de varejo do país.

Além disso, serão observados indicadores cruciais como o resultado fiscal do setor público, as vendas no varejo de dezembro e a balança comercial, que têm tanta relevância quanto as atuais discussões em Brasília acerca da Medida Provisória da Reoneração, esperada para ser definida até o final desta semana.

Durante um evento promovido pelo BTG Pactual, Fernando Haddad enfatizou que qualquer desvio da meta fiscal poderia ser atribuído a fatores políticos, ressaltando a importância do diálogo para o progresso no país, ecoando o sentimento de que “quando Brasília está em harmonia, o Brasil prospera”.

Apesar dos recentes desafios enfrentados com o legislativo, Haddad se mostrou confiante quanto à gestão fiscal deste ano e às perspectivas de crescimento.

O cenário atual sugere uma revisão da meta fiscal, possivelmente até março, embora haja espaço para surpresas positivas. Roberto Campos Neto, presente no mesmo evento, compartilhou do otimismo, especialmente em relação à perspectiva de redução das taxas de juros.

· 01:41 — Para além dos minerais básicos

Um estudo recente do JP Morgan destacou as mineradoras, prevendo excelentes resultados para o quarto trimestre, especialmente para a Vale (VALE3), beneficiada pelo aumento dos preços e volumes de minério de ferro.

Espera-se que a empresa registre um lucro acima de US$ 4,6 bilhões no trimestre, representando um crescimento superior a 20% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a receita projetada para crescer mais de 10%.

Apesar dessas expectativas positivas, uma comparação anual pode revelar uma redução nos lucros.

Para além de minerais básicos, contudo, o Brasil se posiciona como um player chave na exploração de minerais críticos no futuro.

Esses minerais estratégicos, incluindo cobre, alumínio, níquel, lítio, nióbio e zinco, são fundamentais para a fabricação de baterias elétricas e painéis solares, prometendo atrair investimentos significativos.

A exploração desses recursos é indispensável para a transição para uma economia de baixo carbono e para enfrentar a emergência climática atual, sublinhando o papel vital do Brasil nesse desenvolvimento global.

· 02:30 — A cabeça dos gestores

Durante o evento do BTG, que segue em andamento hoje, destacou-se ontem um painel com três dos mais renomados gestores de fundos multimercado do Brasil: André Jarkurski, da JGP, Luís Stuhlberger, da Verde, e Rogério Xavier, da SPX.

Apesar de expressarem suas inquietações sobre as perspectivas globais a longo prazo (geopolítica), eles também identificaram oportunidades iminentes de investimento.

Segundo eles, a bolsa brasileira deve se recuperar, impulsionada pela redução dos juros e pelo retorno do capital estrangeiro, previstos para ocorrer com os cortes de juros pelo Federal Reserve entre maio e junho deste ano.

A volatilidade do mercado acionário local tem sido tradicionalmente atribuída às variações de fluxo de capital, que este ano experimentou uma retirada significativa após o rali do ano passado.

A competição com produtos isentos de impostos tem causado dificuldades para os fundos multimercados e de ações, uma tendência que esperam ver revertida em breve.

A expectativa é que os ativos se valorizem com a queda dos juros e uma inversão no fluxo de capital.

Nesse contexto, as economias emergentes, em geral, deverão se beneficiar dos cortes nos juros globais.

Contudo, uma preocupação específica foi levantada quanto ao crescente endividamento dos EUA, que saltou de US$ 22 trilhões antes da pandemia para US$ 34 trilhões atualmente, com o governo americano continuando a aumentar seus gastos, o que é visto como um potencial risco sistêmico para o futuro.

· 03:25 — E a temporada de resultado segue firme

Na temporada de divulgação de resultados nos EUA, que já alcançou sua metade, os desempenhos das grandes empresas de tecnologia já foram analisados, mas ainda existem vários resultados importantes a serem observados.

A inteligência artificial destaca-se como um elemento central nas estratégias de investimento, com 81% das 255 empresas do S&P 500 que já apresentaram seus lucros superando as expectativas dos analistas, um indicador significativamente superior à média usual de 67%.

Tal performance sugere que o S&P 500 está no caminho para registrar um aumento de lucros de 8,1% no quarto trimestre, número que sobe para 11,5% quando excluídas as ações do setor de energia.

Esta temporada de resultados fortalece o argumento de que o lucro por ação pode apresentar melhorias em 2024, refletindo um mercado de ações cada vez mais robusto, com fundamentos em ascensão. Empresas como Alibaba, CVS, Hilton, PayPal, Uber, Yum! Brands e Walt Disney estão entre as aguardadas para relatar seus resultados. Além disso, a balança comercial dos EUA, que será divulgada hoje, insere-se em um cenário onde o comércio global se torna um tema de crescente importância em 2024, especialmente diante das eleições que tendem a fomentar o nacionalismo econômico americano.

· 04:12— E para onde estamos caminhando?

Recentemente, o mercado financeiro voltou a especular sobre a possibilidade de uma nova “minicrise” bancária nos Estados Unidos, especialmente com foco nos bancos regionais e nos fundos imobiliários americanos (REITs). Contudo, essa preocupação não se concretiza como iminente, considerando as medidas de apoio implementadas pelas autoridades americanas desde o início de 2023, quando a crise foi desencadeada por elevações nos rendimentos dos títulos e retiradas de depósitos. Portanto, a situação atual sugere uma estabilidade maior do que a percebida.

A atenção do mercado se volta, então, para a perspectiva de queda nas taxas de juros. Em uma apresentação no evento do BTG, Bill Ackman, da Pershing Square Capital Management, projetou que o Federal Reserve possa começar a reduzir as taxas de juros entre março e maio para evitar uma recessão, dada a aparente desaceleração da economia e do mercado de trabalho nos EUA. Apesar dos indicadores positivos de emprego, existem sinais, como o índice de preços PCE se aproximando de 2%, que justificam uma análise mais cautelosa. Pessoalmente, considero que um ajuste nas taxas de juros seria mais provável a partir de maio.

· 05:06 — O horizonte do gigante asiático

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