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Argentina Rumo à Eliminação Gradual do "Cepo Cambial": Perspectivas e Desafios

Argentina Rumo à Eliminação Gradual do "Cepo Cambial": Perspectivas e Desafios

O presidente Javier Milei discute os planos para eliminar gradualmente os controles cambiais na Argentina, enfatizando a importância de evitar riscos como a hiperinflação. Saiba mais sobre os desafios econômicos e as perspectivas para a liberalização do mercado de câmbio.

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A Argentina está cada vez mais próxima de eliminar gradualmente os controles para a compra de dólar no país, conhecidos como “cepo cambial”. O presidente Javier Milei expressou confiança de que será possível levantar as restrições até meados deste ano, mas enfatizou a necessidade de uma abordagem cautelosa para evitar o risco de hiperinflação.

Milei destacou que o momento para a liberalização cambial depende da quantidade de moeda estrangeira que entrará na Argentina nos próximos meses. Ele reconheceu os benefícios potenciais de uma rápida abertura do mercado, afirmando: “Se me derem US$ 15 bilhões de dólares amanhã, abro as bolsas e a economia arranca”. No entanto, alertou para os riscos associados a uma liberalização precipitada, incluindo a possibilidade de hiperinflação.

Milei expressou confiança de que, nos próximos meses, o Banco Central conseguirá acumular uma quantidade substancial de dólares provenientes da liquidação da safra, o que criará condições mais favoráveis para avançar na eliminação das restrições cambiais.

Essa perspectiva é compartilhada por alguns economistas argentinos, incluindo Ricardo Arriazu e o ex-secretário das Finanças Miguel Kiguel, que observaram que as condições para a remoção das restrições ao acesso ao dólar estão se tornando mais favoráveis. No entanto, eles ressaltaram a importância de esclarecer qual será o regime cambial a ser implementado pelo governo, seja um valor fixo ou uma taxa flutuante.

Nos últimos três meses, o Banco Central acumulou cerca de US$ 10 bilhões em compras líquidas no mercado, elevando as reservas internacionais brutas para aproximadamente US$ 28 bilhões. No entanto, a posição líquida ainda é negativa em mais de US$ 7 bilhões, destacando os desafios econômicos que o país enfrenta durante esse período de transição.