Depois do pregão regular de quarta (7), a Disney (B3: DISB34 | NYSE: DIS) reportou os seus balanços do primeiro trimestre do ano fiscal de 2024 (encerrado em dezembro). Apesar da receita levemente abaixo das expectativas dos analistas, o lucro por ação veio bem melhor do que as projeções de mercado.
No período, a companhia de Mickey e sua turma apresentou receita de US$23,5 bilhões, mesmo nível do reportado um ano atrás.
Veja o desempenho por segmento
Analisando por segmento, a parte de Experiências — que engloba os parques, hotéis, cruzeiros, entre outros — mostrou um crescimento de 7% nas vendas, que somaram US$9,132 bilhões, enquanto a de Esporte aumentou 4%, nos US$4,835 bilhões.
Por outro lado, a parte de Entretenimento viu sua receita cair 7% e fechar o trimestre nos US$9,981 bilhões. Dentre os segmentos dessa linha de negócio, os principais detratores foram as Redes de TV (US$2,803 bilhões. -12% vs. 1T23) e venda/licenciamento de conteúdos (US$1,632 bilhão, -38%), compensados parcialmente pelos serviços de streaming (US$5,546 bilhões, +15%).
Apesar da estabilidade nas vendas, o lucro operacional da companhia cresceu 27%, totalizando US$3,876 bilhões.
Além do aumento do lucro da parte de Experiências (US$3,105 bilhões, +8% vs. 1T23), o menor prejuízo das operações de streamings — que reportaram perdas de US$138 milhões, ante prejuízo de US$984 milhões um ano atrás — ajudaram a melhorar substancialmente o resultado da linha de negócio (US$874 milhões, +153%).
Na linha final de resultado, o lucro líquido da Disney totalizou US$1,911 bilhão, ou US$1,04 por ação e 48% maior do que o apresentado no mesmo trimestre do ano anterior. Ajustando o valor por alguns valores não recorrentes, o lucro somou US$2,496 bilhões, o equivalente a US$1,22/ ação (+23% vs. 1T23).
Parte relevante para o crescimento da companhia, a parte de streaming deve continuar melhorando os seus resultados nos próximos trimestres. A expectativa é que esse segmento reporte o seu primeiro lucro operacional em 2024.
Anúncios da direção empolgaram investidores
De acordo com a direção, a força dos resultados desse primeiro trimestre somada as expectativas para o resto do ano devem permitir a companhia reportar um lucro ajustado pelo menos 20% maior no ano fiscal de 2024, ou aproximadamente US$4,60/ação.
Além disso, o fluxo de caixa livre da empresa deve totalizar US$8 bilhões no ano. Caso consiga atingir esse objetivo, esse seria o maior nível de geração de caixa desde o ano fiscal de 2018, quando reportou US$9,830 bilhões — sendo US$12,295 bilhões de fluxo de caixa operacional e US$4,465 bilhões em investimentos.
Somado a esses fatores positivos, algumas outras notícias foram vistas com bons olhos pelos investidores.
A primeira foi o anúncio de um investimento de US$1,5 bilhão da companhia na Epic Games, criadora do jogo Fortnite. A ideia é a criação de novos conteúdos, e uma vez que a produtora é uma das mais bem-sucedidas atualmente no ramo de games, isso abre uma avenida de crescimento interessante para o negócio.
Outra foi o aumento de 50% no dividendo semestral pago pela companhia, que passará a ser de US$0,45 por ação. O valor será pago em 25 de julho de 2024, para a base de acionistas ao final do dia 8 do mesmo mês.
Isso sem falar na decisão da Disney de oferecer um streaming apenas da ESPN a partir de 2025. No dia anterior, já havia sido noticiado a decisão da empresa se juntar a Warner Brothers e a Fox para oferecer um super-aplicativo do segmento de esportes.
Ainda que isso possa ensejar algumas dúvidas de como funcionará essa parceria, fato é que esse tipo de conteúdo é um dos poucos que conseguem manter uma base de fãs assíduas nos dias atuais — o que é atrativo para aqueles interessados em anunciar produtos e serviços.
Disney está entre as recomendações da Empiricus Research
Não à toa, as ações da Disney (B3: DISB34 | NYSE: DIS) se valorizavam mais de 7% no after-market. Mesmo assim, ainda consigo enxergar espaço para novas altas no ativo, sendo uma das principais sugestões da série MoneyBets.
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