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Tokenização de ativos reais lidera nova era cripto

Tokenização de ativos reais lidera nova era cripto

Tokenização de ativos reais lidera nova era cripto

A tokenização de ativos reais está, portanto, moldando uma nova fase do mercado de criptomoedas. De acordo com Samir Kerbage, da Hashdex, os ativos digitais finalmente começam a demonstrar valor real, não apenas pela especulação, mas também à medida que resolvem problemas concretos e, consequentemente, atraem interesse institucional. Com isso, essa maturidade oferece uma nova perspectiva sobre o papel das criptos dentro da economia mundial.

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Após o “Dia da Libertação” do ex-presidente Donald Trump, o Bitcoin recuou para US$ 74.500, no auge da tensão gerada por disputas comerciais. No entanto, o ativo rapidamente se recuperou, valorizando mais de 20% nos dias seguintes. Esse comportamento reforça a tese de que o Bitcoin atua como uma reserva de valor diante de incertezas macroeconômicas e geopolíticas. Além disso, destaca o fortalecimento das criptomoedas como classe de ativo.

Kerbage observa que a performance positiva não se limita ao Bitcoin. A combinação entre stablecoins e a tokenização de ativos reais está consolidando a tecnologia blockchain como infraestrutura essencial de um novo sistema financeiro. Os avanços regulatórios, somados ao crescimento de casos de uso concretos, estão contribuindo para esse movimento de transformação.

Adoção institucional fortalece a tokenização de ativos reais

Segundo o executivo da Hashdex, grandes instituições como BlackRock e UBS já estão investindo na tokenização de ativos tradicionais, como títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Esse tipo de ativo, ao ser digitalizado e operado em blockchain, permite maior transparência, liquidez e acessibilidade global, reduzindo a dependência de intermediários e aumentando a eficiência.

Redes como Ethereum, Solana e Avalanche, por essa razão, vêm sendo amplamente utilizadas para esses fins. Isso porque elas possibilitam a emissão de tokens RWA com baixo custo e alta velocidade. Além disso, oferecem segurança, programabilidade e, portanto, maior eficiência nas operações. Dessa forma, a movimentação desses ativos em plataformas públicas reforça ainda mais a legitimidade e a viabilidade dessa nova forma de representar instrumentos financeiros tradicionais.

Além disso, há dados que comprovam esse crescimento. De acordo com a RWA.xyz, a capitalização de mercado dos títulos do Tesouro tokenizados aumentou 370% em um ano, saltando de US$ 1,38 bilhão em maio de 2024 para mais de US$ 6,5 bilhões em 2025. Esse aumento revela a crescente demanda por produtos financeiros digitais mais eficientes e acessíveis.

Stablecoins impulsionam o uso da infraestrutura blockchain

Com uma capitalização de mercado de US$ 245,8 bilhões, as stablecoins se destacam como ferramentas eficazes para pagamentos e transferências internacionais. Elas reduzem custos e eliminam obstáculos comuns no sistema financeiro tradicional. Além disso, muitas stablecoins oferecem rendimentos nativos diretamente na blockchain, atraindo investidores que buscam alternativas ao sistema bancário.

Tokens como USDC e USDT movimentam quase US$ 3 trilhões por ano, superando plataformas como PayPal, Venmo e Western Union combinadas. Esses volumes demonstram que o uso de stablecoins vai muito além do ecossistema cripto, alcançando setores como e-commerce, remessas familiares e até mesmo finanças corporativas. Tudo isso impulsiona ainda mais a tokenização de ativos reais, já que essas moedas digitais facilitam as transações on-chain.

A Ethereum, embora seja a principal rede usada para stablecoins e tokens RWA, enfrenta concorrência crescente. Outras blockchains têm ganhado espaço ao oferecer taxas mais baixas e maior escalabilidade. Essa competição saudável contribui para o avanço do ecossistema como um todo.

Tokenização e stablecoins: pilares da nova economia digital

Para além do Bitcoin, a nova tese dos ativos digitais inclui tokens de plataformas de contratos inteligentes. Esses tokens se beneficiam diretamente da atividade gerada pela tokenização de ativos reais e pelo uso massivo de stablecoins. À medida que essas redes crescem, aumenta também a receita com taxas, a demanda por tokens nativos como ETH e SOL e o valor percebido dos projetos.

O efeito de rede gerado por esse crescimento traz mais desenvolvedores e usuários, criando um ecossistema autossustentável. A atividade on-chain deixa de depender das oscilações do mercado e passa a se apoiar em usos reais, como pagamentos, financiamento descentralizado e aplicações empresariais.

Além disso, blockchains que conseguem operar dentro de parâmetros regulatórios, com alto desempenho técnico e baixo custo, estão bem posicionadas para liderar a próxima fase da revolução financeira digital.

Conclusão: um novo sistema financeiro em construção

A tokenização de ativos reais, combinada com o avanço das stablecoins, representa uma transformação profunda no papel das criptomoedas. O foco deixa de ser a simples valorização especulativa e passa a ser a integração concreta com a economia real. Esse novo cenário fortalece o argumento de que os ativos digitais não apenas vieram para ficar, mas estão ajudando a construir um novo sistema financeiro — mais eficiente, acessível e descentralizado.

À medida que a infraestrutura se consolida e o interesse institucional cresce, as oportunidades se expandem. Investidores atentos à evolução das plataformas de contratos inteligentes e aos casos de uso no mundo real podem se beneficiar dessa nova fase do mercado cripto, marcada pela utilidade e pela inovação.


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