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Queda do Bitcoin: volatilidade domina o mercado global

Queda do Bitcoin: volatilidade domina o mercado global

Queda do Bitcoin: impactos e perspectivas globais

A recente queda do Bitcoin acendeu um alerta entre investidores e analistas do mundo todo. Em 07 de abril de 2025, a criptomoeda era cotada a R$ 450.086,44, após uma forte retração desde os US$ 76 mil. A desvalorização de mais de 8% em poucas horas causou liquidações massivas, abalando não apenas o mercado de criptomoedas, mas também os ativos de risco ao redor do mundo.

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Apenas nas últimas 24 horas, mais de 423 mil traders sofreram liquidações, o que resultou em um prejuízo acumulado de US$ 1,3 bilhão. Esse cenário, por sua vez, reflete um ambiente macroeconômico cada vez mais tenso. Além disso, a situação se agravou com o recente anúncio de novas tarifas comerciais feito pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Como consequência, a medida despertou temores de uma nova guerra comercial e, consequentemente, elevou o risco de uma recessão global.

Cenário macroeconômico intensifica a queda do Bitcoin

Segundo André Franco, CEO da Boost Research, a semana começou de forma extremamente negativa. Os índices futuros dos EUA apresentaram quedas expressivas: o S&P 500 recuou 4,3%, o Dow Jones caiu 4% e o Nasdaq 100 desvalorizou 4,6%. Esses movimentos foram acompanhados por circuit breakers em mercados asiáticos, como Japão (-10%) e Hong Kong (-8,7%).

Esse contexto global reforça o sentimento de aversão ao risco. Mesmo ativos considerados seguros, como o ouro, também estão recuando. Em meio a esse cenário, a queda do Bitcoin acaba sendo parte de um movimento mais amplo, de correção generalizada nos mercados financeiros.

Análise técnica: Bitcoin rompe suportes importantes

Para Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, o momento exige cautela máxima. O Bitcoin rompeu o suporte de US$ 78 mil e, agora, muitos analistas consideram possível a queda até os US$ 70 mil. A pressão de venda se intensificou, principalmente por parte de investidores de curto prazo, que estão realizando prejuízos.

A métrica STH-SOPR, da plataforma CryptoQuant, confirma essa percepção. Quando o índice fica abaixo de 1,0, como está atualmente, significa que a maioria dos investidores está vendendo com perdas, o que caracteriza um momento de capitulação. Esses padrões geralmente antecedem reversões de tendência, embora não garantam isso.

Altcoins e outros mercados seguem em queda

A desvalorização do Bitcoin puxou consigo todo o mercado de criptomoedas. Ethereum caiu abaixo dos US$ 1.700 pela primeira vez desde 2023, Solana recuou para US$ 107 e Avalanche chegou a US$ 16. As altcoins de menor capitalização registraram quedas ainda mais acentuadas, renovando mínimas anuais.

Mas nem todas as moedas estão em baixa. Algumas exceções chamam a atenção pela resiliência. Em 07 de abril de 2025, Aergo (AERGO) subiu 66%, Undead Games (UDS) valorizou 43% e Retard Find Coin (RFC) cresceu 39%.

Medo extremo: o pior momento desde a pandemia

A crise atual é considerada a mais grave desde o início da pandemia de COVID-19. O Índice de Medo e Ganância dos mercados tradicionais caiu para apenas 4/100 — o nível mais baixo da história recente. Isso mostra um pessimismo extremo, que contribui para decisões emocionais e liquidações em massa.

No mercado cripto, o índice está em 23/100, o que também reflete um sentimento muito negativo. Em situações como essa, investidores institucionais costumam se afastar do risco, o que agrava ainda mais a queda do Bitcoin.

Oportunidade ou armadilha? Como o investidor deve agir

Apesar do colapso nos preços, alguns analistas veem nesse momento uma possível janela de compra. Segundo Charles Edwards, da Capriole Investments, quando o Bitcoin corrige cerca de 30%, historicamente surge uma boa oportunidade para acumular ativos. Ele compara a situação atual com o que aconteceu em agosto e setembro de 2023, quando o mercado caiu fortemente e depois iniciou um novo rali.

Ainda assim, Edwards faz um alerta importante: se a pressão global continuar, a recessão pode se tornar realidade e a retomada dos preços pode demorar mais que o esperado.

Conclusão

A queda do Bitcoin em abril de 2025 não é um evento isolado. Ela reflete um momento delicado da economia global, onde múltiplos fatores convergem para um ambiente de alta volatilidade e incerteza. O impacto foi sentido por investidores de todos os perfis, dos pequenos holders a grandes instituições.

Contudo, momentos de grande pessimismo costumam gerar boas oportunidades de entrada. Cada investidor deve avaliar seus objetivos e perfil de risco antes de decidir. Ao acompanhar os indicadores e manter o foco no longo prazo, é possível atravessar tempestades como essa com mais segurança.


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