Na última semana, o BR Partners (BRBI11) divulgou seus números do 4T24, que vieram em linha com as nossas expectativas. O lucro líquido foi de R$ 42 milhões, queda de 2,3% na comparação anual, com ROE de 20,4%.
No acumulado do ano, o banco reportou R$ 194 milhões em lucro líquido, crescimento de 24,9% frente a 2023, com ROE médio de 23,8%. O cenário mais desafiador impactou as receitas de M&A e exigiu maiores provisões, mas a menor alíquota de impostos ajudou a segurar a linha final.
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A Receita Total foi de R$ 144 milhões, crescimento de 16% na comparação anual, encerrando o ano com R$ 581 milhões, um avanço de 33%.
Veja o desempenho do BR Partners por segmento
O segmento de Investment Banking & Capital Markets, que teve um ano forte, perdeu tração no trimestre, apesar de ainda apresentar um crescimento saudável. A receita da divisão cresceu 12% anualmente, para R$ 85 milhões, com a atividade de M&A mais fraca sendo compensada pelas operações de dívida (DCM), ainda fortes.
A vertical de Treasury Sales & Structuring teve um desempenho positivo, com receita de R$ 31 milhões, alta de 39% na comparação anual, beneficiada pela maior demanda por estruturação de swaps e operações no mercado de commodities. Já a Remuneração do Capital registrou R$ 25 milhões, crescimento tímido de 2% na comparação anual, impactada pelo pagamento de dividendos extraordinários e pelo aumento das despesas de financiamento da dívida perpétua emitida no 3T24.
A Gestão de Patrimônio segue expandindo, com receita de R$ 3 milhões no trimestre, crescimento de 77% na comparação anual, enquanto os ativos sob gestão atingiram R$ 5,2 bilhões, aumento de 89% em relação a dezembro de 2023. O segmento ainda representa uma parte pequena da operação, mas vem ganhando relevância dentro do modelo de negócios.
As despesas subiram 16% na comparação anual, impactadas por uma provisão não recorrente no segmento de derivativos do agronegócio, refletindo ajustes de risco de crédito. Ainda assim, o índice de eficiência encerrou o ano em 44,8%, com leve melhora anual.
Apesar do ambiente incerto, valuation, histórico e dividendos sustentam tese
Para 2025, a deterioração esperada para o cenário macroeconômico pode pesar sobre a atividade de M&A e emissões no mercado de capitais, com o menor apetite das empresas.
O banco segue bem posicionado operacionalmente, mas o ambiente mais incerto pode afetar o ritmo de crescimento das receitas. Ainda assim, o valuation permanece atrativo (7x P/E 2025), e o histórico de eficiência e distribuição de dividendos da companhia segue como um fator de suporte para a tese.
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