O Grupo SBF (SBFG3) divulgou números fortes e acima das expectativas no terceiro trimestre de 2024. Novamente, a companhia apresentou uma forte expansão do lucro líquido, geração de caixa e desalavancagem financeira, em linha com os objetivos do plano de voo para 2024.
A receita líquida consolidada do Grupo SBF reduziu 1,3% na comparação anual, para R$ 1,8 bilhão, devido à forte base de comparação do 3T, onde houve maior nível de descontos para equacionar o excesso de estoques na época. Por linha de negócio, a Centauro aumentou suas vendas líquidas (+1,3%), enquanto a Fisia decresceu (-8,1%) com menores vendas no canal Atacado (-23,2%).
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Resultados do Grupo SBF no 3T24
A implementação das estratégias de precificação e mix segue gerando bons resultados. A margem bruta consolidada atingiu 50,3% no 3T24 (+3,9 p.p. vs 3T23), o maior patamar da companhia desde o licenciamento da operação da Nike no Brasil.
Mesmo com um aumento das despesas operacionais, impactada pelo provisionamento do pagamento de bônus referente à performance desse ano, o Ebitda ajustado (ex-IFRS) cresceu 18,7%, para R$ 201 milhões, implicando 11,4% de margem (+2,0 p.p). No fim, o lucro líquido ajustado (ex-IFRS) foi de R$ 121 milhões (+71,8% vs 3T23), beneficiado pelo forte resultado operacional e pela melhora de 33,1% no resultado financeiro.
A geração de caixa do Grupo SBF também segue robusta. O fluxo de caixa operacional atingiu R$ 272 milhões no período, alta anual de 150%, impulsionado pela contínua melhora no capital de giro. Por fim, a relação Dívida Líquida/Ebitda Aj. (ex-IFRS) passou de 2,80x no 3T23 para 0,78x.
Comprar ou vender? Veja recomendação para SBFG3
Em resumo, por mais um trimestre o resultado do Grupo SBF superou as nossas expectativas, que já estavam acima do consenso de mercado. Com estratégias assertivas de precificação e mix, marca forte e um ganho relevante de eficiência operacional em 2024, a companhia mantém seu bom momento operacional.
Olhando para frente, diante de um ambiente de juros elevados, acreditamos que a empresa seguirá priorizando a rentabilidade e geração de caixa em vez de crescimento, em linha com o que vimos nos últimos trimestres. Contudo, com a forte desalavancagem financeira alcançada nos últimos 12 meses, não descartamos uma aceleração gradual na expansão física da Nike, ainda bastante incipiente no país.
Negociando próxima de 7x os seus lucros projetados para 2025, desconto superior a 30% em relação à média dos seus pares, e com perspectivas positivas para os próximos trimestres, as ações do Grupo SBF (SBFG3) segue como recomendação de compra da Empiricus Research.
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