Na terça-feira (5), após o fechamento do mercado, a Prio (PRIO3) divulgou seus números do 3T24, que vieram esperadamente fracos.
Queda na produção e no preço do petróleo pesaram sobre a receita
A já conhecida queda na produção, assim como o menor preço do petróleo, fizeram com que o Ebitda ajustado caísse 48% na visão anual, para US$ 328 milhões. A companhia gerou US$ 260 milhões em caixa operacional (-53% a/a), com uma geração de caixa livre neutra.
Já é possível visualizar uma melhora dos resultados a partir do próximo trimestre, a julgar pela recuperação orgânica da produção já em curso.
Conforme já divulgado anteriormente, a Prio produziu 70 mil barris de óleo por dia no trimestre, queda de 30% na visão anual, devido a paradas de manutenção em todos os ativos. Esse fator, somado à queda anual de 12% no Brent médio de referência (US$ 76/barril), levou a uma queda anual de 40% na receita líquida, para US$ 474 milhões.
A concentração das operações no offshore faz com que boa parte dos custos de extração sejam fixos; por isso, a queda de produção levou a uma desalavancagem operacional. Isso explica o aumento anual de 40% no custo de extração, que foi de US$ 9,80 por barril no trimestre.
Prio conseguiu reduzir as despesas gerais e administrativas
Na ponta positiva, a companhia fez o dever de casa nas despesas gerais e administrativas, que caíram 5% anualmente. Com isso, o Ebitda ajustado somou US$ 328 milhões (-48% a/a).
As despesas financeiras líquidas subiram, em +60% na visão anual, devido à maior posição de dívida – a companhia captou US$ 1 bilhão no mercado externo para pagar a aquisição de Peregrino. Sendo assim, o lucro líquido somou US$ 165 milhões (-52%).
Apesar do trimestre fraco, caixa livre gerado mostra solidez
Mesmo em um trimestre esperadamente fraco, a companhia gerou US$ 260 milhões em caixa operacional, ou US$ 195 milhões excluindo os investimentos orgânicos na produção. Ainda assim, com o pagamento de principal das dívidas, o caixa livre gerado foi neutro (excluindo Peregrino da conta). Isso denota a solidez do modelo de negócio da Prio.
Olhando à frente, a companhia já divulgou um aumento mensal de 11% na sua produção de outubro, o que já começa a desenhar um 4T24 melhor. A recuperação orgânica da produção deve continuar até o final do ano, conforme o Ibama autoriza a intervenção nos ativos do portfólio atual.
Enxergamos um 2025 com produção substancialmente superior a 2024, já que teremos também a inclusão de Peregrino e Wahoo na produção da companhia, também pendentes de autorizações regulatórias.
Negociando a um múltiplo EV/EBITDA 2025 de 3,1x, mantemos a recomendação de compra para Prio (PRIO3). Além desse papel, recomendamos outras 9 ações para investir em novembro. Confira quais neste relatório gratuito.
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