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Prefeitura de SP: ‘Indignada’, candidata Marina Helena fala sobre suas propostas, as marcas da polarização e o status atual do Partido Novo em entrevista à Empiricus

“Eu sou uma brasileira indignada”. É com estas palavras que a candidata à prefeitura da cidade de São Paulo, Marina Helena, se apresenta. A representante do Partido Novo na eleição municipal foi a convidada de Felipe Miranda, CEO da Empiricus Research, nesta quarta-feira (25) para falar sobre as suas perspectivas de governo para a maior capital da América do Sul. 

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Em suas falas, a candidata destacou a carga tributária elevada e a ineficiência de serviços públicos, como educação e segurança, bem como a vontade de promover mudanças nessas áreas.

Eleições marcadas por polarização política

Sobre a polarização política que tem deixado marcas tão explícitas na atual campanha para a prefeitura de São Paulo, a candidata, que possui mestrado e graduação em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), diz considerar importante a discussão ideológica. 

“Quando a gente deixa de discutir ideologias, o ‘centrão fisiológico’ ganha força e o marqueteiro profissional ganha força”, critica a candidata. 

Marina ainda comenta que tem a sensação de que a política se distanciou muito das pessoas. “O cidadão está cansado. Se ele entende que tudo que é política pública parte do bolso dele e uma parcela fica no meio do caminho sendo negociada para cabide de emprego, parasitagem e todo resto, ele está bravo e com razão”, defende. 

Porém, ela ressalta a importância na apuração por parte do eleitor de qual candidato votar. “As pessoas querem votar para se vingar de um sistema podre, mas você vai votar em um candidato com políticas públicas boas? Ou em mais promessas impossíveis?”, questiona.

Além disso, Marina defende que, na hora de escolher um candidato, não importa apenas olhar para os planos de governo. “É importante ver o caráter [do candidato], quais são os valores defendidos, porque tudo isso vai fazer diferença na hora de governar”, comenta, e completa: “Se a gente fosse pensar apenas na concretização das propostas, já viveríamos na Suíça.” 

Como está o Partido Novo hoje?

Marina também abordou a reconstrução do Partido Novo nos últimos anos, desde que perdeu o “cacique” João Amoêdo e outros políticos filiados. Nessas eleições, o Novo teve um aumento de 1.114% no número de candidaturas em relação a 2020.

“Olhando para as votações, o Novo é o partido mais à direita do Brasil, completamente antagônico ao PT e ao PSOL, a gente vai ser sempre oposição ao governo Lula”, afirma. 

Segundo ela, o melhor caminho é ter candidatos assumidamente de direita e de esquerda, possibiltando um debate de ideais, “para que no final das contas, sejam criadas leis melhores.”

Propostas da candidata Marina Helena

Durante a entrevista exclusiva para a Empiricus, a candidata abriu alguns de seus principais projetos de governo para São Paulo, com foco principalmente em Educação, Transporte e Segurança. 

Educação

A educação, segundo Marina, é uma de suas maiores prioridades. Ela propõe trazer a gestão de escolas públicas para instituições privadas de excelência, utilizando a meritocracia para avaliar professores com base no aprendizado dos alunos. 

A candidata defende ainda a realização de avaliações trimestrais e a remuneração dos educadores conforme o desempenho dos estudantes, baseando-se em um modelo adotado no município de Joinville (SC) pelo prefeito do mesmo partido, Adriano Silva. 

Em seu mandato, Silva adotou uma política de remuneração através do pagamento de um 14º salário para aqueles professores que apresentam bons níveis de aprendizagem em suas classes. 

Transporte

Sobre a questão da mobilidade e meios de transporte, a candidata de origem maranhense, que já morou em Brasília e há 20 anos mudou-se para a capital paulista, fala sobre como enxerga uma “solução”. Para Marina, o importante é “desenvolver áreas periféricas, permitindo que as pessoas morem mais próximas de seus locais de trabalho”.

Além disso, no que tange à questão habitacional, Marina fala sobre uma regularização fundiária a partir de um Marco Zero, sem permitir invasões de propriedade, mas avaliando a regularização de pessoas. “Pessoas que estão nessa situação há mais de 20 anos ou 30 anos, precisamos regularizar e trazer acesso a saneamento, eletricidade e mais segurança”, diz. 

Segurança

Na segurança pública, Marina defende a redução de impostos e um aumento no efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), além de uma melhor integração entre as forças policiais. 

“A minha ideia é integrar e premiar os melhores pela redução de índices de criminalidade por bairros”, e complementa: “as chamadas do PSIU (Programa Silêncio Urbano) correspondem a mais de 20% das chamadas da PM. Esses profissionais deveriam estar indo atrás de criminosos, e a GCM pode atender isso se estiver integrada.”

A conversa faz parte de conversas promovidas pela Empiricus com candidatos à prefeitura de São Paulo. Para saber mais detalhes do plano de governo da candidata, assista à entrevista completa por aqui:

Além da candidata do Partido Novo, a Empiricus também falou com Tabata Amaral (PSB). A entrevista pode ser assistida na íntegra abaixo:

A Empiricus Research está aberta para receber os demais candidatos à prefeitura da São Paulo (SP) para entrevistas durante o período de campanha eleitoral.

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