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Preços Futuros do Milho Sobem na B3 e Bolsa de Chicago em Setembro

Preços Futuros do Milho Sobem na B3 e Bolsa de Chicago em Setembro

Os preços futuros do milho iniciaram esta quarta-feira (11) em alta tanto na Bolsa Brasileira (B3) quanto na Bolsa de Chicago (CBOT). No mercado brasileiro, as cotações oscilam entre R$ 63,69 e R$ 70,70, refletindo um cenário otimista. Nos Estados Unidos, os preços também subiram, marcando uma recuperação após quedas observadas nas últimas semanas. Esses movimentos sugerem uma recuperação nos preços após um período de instabilidade, impulsionada por uma expectativa de melhora na oferta e demanda global.

Mercado Brasileiro

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Na B3, o milho tem demonstrado sinais claros de alta. As principais cotações variam conforme os vencimentos. O contrato de setembro/24 negociou a R$ 63,69, com um aumento de 0,32%. Já o contrato de novembro/24 alcançou R$ 67,72, marcando uma elevação de 0,71%. Já o contrato de janeiro/25, com maior prazo, alcançou R$ 70,70, uma alta de 0,64%.

Essa tendência de valorização nos preços futuros do milho no mercado brasileiro está relacionada a diversos fatores. Entre eles, destacam-se as condições climáticas que afetam a oferta de milho nas principais regiões produtoras do país, a demanda crescente no mercado interno e as expectativas de exportações favoráveis. O cenário também está alinhado com a recuperação nos preços das commodities agrícolas, em especial o milho, que é um dos principais produtos do agronegócio brasileiro.

O milho é uma das commodities mais sensíveis a variações climáticas, e qualquer alteração nas previsões meteorológicas pode impactar diretamente os preços futuros. A atual valorização pode estar relacionada ao clima seco em algumas regiões, o que pode prejudicar a safra e diminuir a oferta, pressionando os preços para cima. Além disso, o mercado também se prepara para o impacto de possíveis novas políticas governamentais e a relação com a demanda internacional.

Mercado Externo

No cenário externo, a Bolsa de Chicago (CBOT) também registrou elevações nos preços futuros do milho nesta quarta-feira. O contrato de setembro/24 cotou a US$ 3,79, com alta de 0,25 pontos. O contrato de dezembro/24 alcançou US$ 4,06, valorizando-se em 2,50 pontos. O vencimento de março/25 negociou a US$ 4,25, com uma elevação de 2,00 pontos, e o contrato de maio/25 fechou em US$ 4,36, com um ganho de 1,50 pontos.

De acordo com o site internacional Farm Futures, o mercado externo aguarda com grande expectativa o relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trará estimativas atualizadas de oferta e demanda global para o milho. O relatório, previsto para ser divulgado na quinta-feira, pode trazer novas revisões que impactarão os mercados global e local.

O USDA já ajustou suas previsões no mês anterior, reduzindo as expectativas de estoques de milho nos EUA para o final do ano de comercialização 2024/25, passando de 2,097 bilhões para 2,073 bilhões de bushels. Esse ajuste foi acompanhado por uma elevação nas exportações estimadas, que subiram de 2,225 bilhões para 2,3 bilhões de bushels. Como resultado, esses fatores impactam diretamente os preços futuros do milho, que reagem tanto à oferta quanto à demanda internacional.

Outro fator que pode impulsionar os preços no mercado externo é o aumento da competitividade do milho norte-americano no mercado global. Com a recuperação da economia global e a demanda crescente por alimentos e biocombustíveis, o milho dos Estados Unidos tem ganhado mais espaço nos mercados internacionais, o que eleva os preços.

Expectativas para o Relatório do USDA

O relatório do USDA é amplamente aguardado pelo mercado, pois trará uma atualização das projeções para a safra de milho nos Estados Unidos. As estimativas de oferta e demanda, bem como as condições climáticas nas principais regiões produtoras, serão fatores determinantes para o comportamento futuro dos preços.

No mês de agosto, o USDA já havia revisado para baixo a sua previsão de estoques de milho nos EUA. Com as exportações crescendo, a expectativa é que o relatório de setembro possa trazer um quadro ainda mais apertado, o que daria suporte aos preços futuros do milho nos próximos meses. Além disso, o impacto das condições climáticas e eventuais problemas logísticos na distribuição da safra também serão acompanhados de perto pelos investidores e operadores de mercado.

Conclusão

Os preços futuros do milho mostram uma recuperação importante tanto no mercado brasileiro quanto no norte-americano. Nesse contexto, as condições climáticas e o equilíbrio entre oferta e demanda são fatores-chave para o comportamento dos preços nos próximos meses. Além disso, a divulgação do relatório do USDA promete trazer informações cruciais, que podem influenciar os mercados global e local. Com a alta demanda e estoques mais baixos, a tendência é que os preços se mantenham elevados, especialmente se houver novas revisões nas projeções de safra e exportação.


Para mais detalhes sobre o impacto das condições climáticas no mercado agrícola, confira nosso artigo sobre as perspectivas para a safra de grãos no Brasil.

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