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PIB cresce 1,4% e reforça tese de alta da taxa Selic; analista vê ‘janela de oportunidade’ para investidores

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% neste segundo trimestre de 2024 (2T24), em relação aos três meses anteriores, superando a mediana do consenso no mercado. O dado divulgado pelo IBGE é considerado relevante para observação da atividade econômica e do comportamento da inflação.

Últimos PIBs revisados mostram o Brasil acelerado ante as projeções

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Divulgados nesta terça-feira (3) pelo IBGE, o PIB mostra um crescimento acima do primeiro trimestre (revisado de 0,8% para 1%). Este é o 12º resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais.

Assim como o PIB do 1T24, o do 4T23 também teve uma revisão positiva na divulgação anterior. Matheus Spiess, analista de macroeconomia da Empiricus Research, explica: “O Brasil está crescendo muito mais do que os modelos nos dizem. Isso é um processo que não vem de agora, mas desde 2021, desde depois da pandemia.”

PIB melhor reforça alta da taxa Selic – entenda como

Como consequência dessa superação dos indicadores, Spiess destaca que também há mais  resiliência inflacionária. “Isso dá mais espaço para o Banco Central subir juros”, comenta o analista, diante da chance de haver mais atritos e volatilidade na curva de juros.

Do lado positivo, contudo, o analista enxerga que o dado ascendente serve como uma confirmação para os bons balanços trimestrais que as empresas comunicaram neste último trimestre (2T24). 

“O PIB [do segundo trimestre] mostra que existem fundamentos econômicos por trás desses balanços corporativos. Se a gente observar essas sucessivas correções, podemos ter um resultado bem melhor do que o esperado”, explica o analista.

Este crescimento, de fato, parece reforçar a tese de aumento da taxa Selic, confirma Spiess, mas essa alta “não vai necessariamente ser ruim”. “O mercado já está precificado considerando a queda de juros nos Estados Unidos e essa pode até ser uma janela interessante para atrair capital para o Brasil e fortalecer o real brasileiro, além dos ativos de risco doméstico”, pondera Spiess. 

“Para 2024 como um todo, as projeções já giram em torno de 2,5%, enquanto para 2025 espera-se um crescimento de cerca de 2%”, escreveu Spiess em sua newsletter diária Mercado em 5 Minutos.

Diante deste cenário, uma maneira interessante de surfar com o crescimento das empresas é apostando naquelas que dividem os lucros com os investidores. Neste link, é possível conferir uma lista gratuita de 5 ações para buscar dividendos ainda este ano, selecionadas pelos analistas da Empiricus Research.

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