As empresas de energia elétrica começaram a divulgar os seus resultados do segundo trimestre de 2024. Na semana passada, a Auren (AURE3) apresentou prejuízos no período.
Segundo o consenso da Bloomberg, a expectativa era de que a companhia tivesse um lucro líquido de R$ 125 milhões, o que representaria uma queda de 31% em relação aos R$ 182 milhões registrados no 2T23.
No entanto, a Auren encerrou o trimestre com um lucro líquido de R$ 91 milhões, uma queda de 50% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda de R$ 398 bilhões no 2T24 foi 13% menor em comparação com o registrado no segundo trimestre de 2023.
Diante do resultado, as ações da Auren (AURE3) encerraram o pregão da última sexta-feira (2) negativo em 4,53%.
Nesta semana, a expectativa é para os resultados da Taesa (TAEE11). Assim como a Auren, a companhia é conhecida por ser boa pagadora de dividendos e os seus números podem influenciar na distribuição de proventos.
Mas, apesar de serem empresas bastante queridas dos mercados, os analistas do BTG Pactual e Empiricus Research preferem uma outra ação deste setor que, além de dividendos, pode valorizar 31%.
Por que Taesa (TAEE11) e Auren (AURE3) perderam espaço?
Quando se trata de ações do setor elétrico, Taesa (TAEE11) e Auren (AURE3) são algumas das preferidas dos investidores.
Um dos principais motivos para a popularidade dessas ações é que elas costumam pagar dividendos altos e com certa frequência. Para se ter uma ideia, só nos últimos 12 meses, a Auren registrou um dividend yield de 15,54%, e a Taesa um yield de 10,96%.
Entretanto, os analistas da Empiricus Research destacam que uma boa ação vai além dos dividendos “gordos”. Além disso, eles enxergam a possibilidade de queda nos proventos dessas companhias.
No caso da Taesa (TAEE11), o fim de concessões importantes e o alto nível de investimentos em novos empreendimentos poderiam impactar os dividendos, avaliam os analistas.
De fato, isso já começou a acontecer. Em maio, a companhia mudou a política de dividendos e passou a distribuir proventos com base no lucro líquido regulatório, que é menor que o lucro líquido IFRS.
Para o BTG Pactual, essa mudança “poderá desiludir os investidores que esperavam dividendos mais elevados”, pontuaram os analistas no relatório “Resultados sem surpresas; mudança na política de dividendos”, de 09 de maio de 2024.
Já no caso da Auren (AURE3), a companhia anunciou em maio a incorporação dos ativos da AES Brasil. Com a aquisição, a empresa se tornou a terceira maior geradora de energia do país.
Contudo, o analista Ruy Hungria da Empiricus destacou que a AES tem uma dívida grande que, até o final de 2023, já totalizava R$ 11,7 bilhões. Além disso, a companhia “há muito tempo não tem conseguido entregar resultados resilientes, interessantes”.
Da mesma forma, os analistas do BTG Pactual destacaram que Auren também vem apresentando números abaixo das expectativas, algo que se repetiu no segundo trimestre de 2024.
Assim, diante do nível de alavancagem da Auren por conta da incorporação da AES Brasil, o analista da Empiricus já havia apontado que os dividendos da companhia poderiam cair.
Na mesma linha, o BTG apontou no relatório “Formando um gigante da energia renovável: a aquisição da AES Brasil pela Auren”, de 16 de maio de 2024, que “o negócio enfraquece um pouco a tese da companhia como um player de dividendos, pelo menos no curto prazo”.
Por esse motivo, as duas elétricas estão fora tanto da carteira do BTG Pactual, quanto da Empiricus. Na visão dos analistas das instituições, outra empresa do setor pode trazer mais retorno para o investidor neste momento.
A ação de energia elétrica que toda carteira deveria ter
A elétrica em questão está entre as maiores distribuidoras de energia do país. O principal foco de atuação dessa companhia é na reestruturação de concessões deficitárias, mas que possuem grande potencial de melhorias.
Esta elétrica se destaca pelo seu management de extrema qualidade, bem como histórico comprovado na atuação em áreas difíceis.
Além da distribuição, a companhia também atua no setor de transmissão, ambos serviços de necessidade básica que costumam ser menos impactados em um cenário de desaceleração econômica.
Ou seja, a receita da companhia mantém certa estabilidade em diferentes períodos econômicos.
Por esses motivos, o CEO da Empiricus Research, Felipe Miranda, afirmou que “toda carteira deveria começar por esta ação.”
Essas características tornaram a elétrica uma das maiores histórias de valorização da Bolsa.
Veja só o gráfico abaixo, ele mostra o retorno desta ação desde o seu IPO em abril de 2008 até março de 2024:
Em 16 anos a ação desta elétrica valorizou 2.966,6% contra 99,6% do Ibovespa. Ou seja, estamos falando de uma rentabilidade 2.878% acima do índice e um retorno médio de 185% ao ano considerando valorização e dividendos.
E embora retornos passados não sejam garantia de retornos futuros, os analistas do BTG Pactual acreditam que esta pode continuar entregando boas valorizações aos investidores.
No relatório que revela as 10 ações para comprar agora, publicado em 1º de agosto de 2024, o banco destacou que a taxa interna de retorno desta elétrica pode saltar 5%.
Além disso, os analistas do BTG estimam que o preço da ação pode chegar aos R$ 43, o que representa uma valorização de 31%, considerando o fechamento do pregão de segunda-feira (5).
Como eu disse, este papel foi recomendado na carteira mensal tanto do BTG Pactual quanto da Empiricus Research. Contudo, ele não é o único com potencial de entregar retornos para os investidores neste momento.
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