Após o colapso do intermediário fintech Synapse, mais de 100.000 americanos estão com suas poupanças congeladas. Descubra os esforços dos bancos e reguladores para restaurar o acesso aos fundos e os desafios enfrentados.
Desde o colapso do intermediário fintech Synapse, mais de 100.000 americanos têm enfrentado um estado de incerteza financeira devido ao congelamento de suas poupanças em contas fintech. Este evento deixou muitos clientes de aplicativos como Yotta, Juno e Copper sem acesso aos seus fundos, gerando uma crise significativa no setor de fintechs.
A situação começou a se desdobrar em maio, quando a falência do Synapse interrompeu o acesso dos clientes a suas economias. Para lidar com essa crise, bancos como Evolve Bank & Trust e Lineage Bank têm tomado medidas proativas, incluindo a contratação de um ex-engenheiro do Synapse para ajudar a desbloquear os dados necessários e restaurar o acesso dos clientes às suas contas. Esse esforço é visto como um passo crucial para resolver a situação, mas ainda há muitos desafios pela frente.
Os reguladores, incluindo a Reserva Federal e a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC), têm pressionado os bancos para acelerar a liberação dos fundos. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, enfatizou a importância de garantir que os depositantes recebam seus fundos durante uma reunião do Comitê Bancário do Senado. O envolvimento de figuras-chave como o fundador e presidente da Evolve, Scot Lenoir, trouxe alguma esperança para uma resolução após semanas de estagnação no processo de resolução.
O colapso do Synapse destacou problemas significativos no setor “banco como serviço”. Pequenos bancos que fazem parceria com entidades fintech não regulamentadas, como o Synapse, demonstraram incapacidade de gerenciar adequadamente essas relações. Em resposta, os reguladores têm criticado esses bancos, sublinhando a necessidade de uma supervisão e gestão mais eficazes.
Os planos iniciais do Evolve Bank para liberar US$ 46 milhões em contas de processamento de pagamentos foram revisados. Agora, o banco acredita que uma reconciliação mais abrangente das contas dos clientes é possível, embora ainda existam desafios. De acordo com Jelena McWilliams, administradora de falências, até US$ 96 milhões ainda não foram contabilizados, e a deficiência exata e a abordagem para resolvê-la continuam obscuras.
Bancos como Evolve Bank, Lineage Bank, AMG National Trust e American Bank, junto com os remanescentes do Synapse, têm enfrentado desafios significativos para resolver o déficit e facilitar os reembolsos. A FDIC e outros órgãos reguladores continuam a monitorar a situação de perto. Recentemente, o Evolve Bank respondeu a consultas da Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (FINRA), esclarecendo que, embora possua alguns fundos de processamento de pagamentos, os depósitos do aplicativo Yotta foram transferidos para uma rede de bancos em outubro de 2023.
O caminho para a recuperação dos clientes afetados tem sido longo e repleto de obstáculos. A má manutenção de registros e a insuficiência de fundos para análises forenses complicaram os esforços para determinar os valores devidos aos clientes. Embora o envolvimento de um ex-engenheiro do Synapse tenha sido um passo crítico, ainda há um trabalho significativo a ser feito para garantir que todos os clientes afetados recuperem o acesso aos seus fundos.
Até agora, o administrador do Synapse e representantes do AMG, American Bank e Lineage não comentaram sobre os esforços em andamento. A FDIC também se recusou a fornecer informações adicionais. À medida que o processo de investigação e reconciliação avança, a prioridade continua sendo clara: restaurar o acesso aos fundos para os milhares de americanos afetados pelo colapso do Synapse. Embora progressos tenham sido feitos, a resolução final exigirá esforços coordenados de todas as partes envolvidas, incluindo reguladores, bancos e a entidade Synapse restante.