As ações europeias caem após Emmanuel Macron convocar eleições antecipadas na França, afetando bancos e aumentando preocupações com os juros. Saiba mais sobre o impacto no mercado.
As ações europeias registraram queda nesta segunda-feira após o presidente francês, Emmanuel Macron, convocar eleições antecipadas. A decisão veio depois de uma derrota significativa para a extrema direita nas eleições da União Europeia, exacerbando as preocupações dos investidores sobre a perspectiva de juros.
Impacto nas Ações Francesas
O índice francês CAC 40 (PX1) caiu para seu menor nível em mais de três meses. Bancos como BNP Paribas (BNP), Société Générale (GLE) e Credit Agricole (ACA) registraram quedas entre 4,3% e 7%. Esta pode ser a maior queda percentual diária do CAC 40 desde julho de 2023.
Os preços dos títulos franceses também recuaram, elevando os rendimentos ao nível mais alto em duas semanas. O avanço dos nacionalistas eurocéticos nas eleições para o Parlamento Europeu levou Macron a convocar eleições nacionais antecipadas, com o primeiro turno marcado para 30 de junho. Se o partido de extrema-direita Reunião Nacional obtiver a maioria, Macron perderá poder de decisão nos assuntos internos.
Perspectiva dos Mercados
Susannah Streeter, diretora de mercados da Hargreaves Lansdown, destacou a incerteza sobre o rumo do eleitorado, comparando a situação com o referendo do Brexit no Reino Unido.
Desempenho dos Principais Índices Europeus
- Índice STOXX 600 (SXXP): Queda de 0,58%, para 520,50 pontos.
- Londres (Financial Times, UK100): Recuo de 0,35%, para 8.216 pontos.
- Frankfurt (DAX, DB1): Queda de 0,68%, para 18.430 pontos.
- Paris (CAC 40, PX1): Perda de 1,83%, para 7.855 pontos.
- Milão (Ftse/Mib, FTSEMIB): Desvalorização de 0,90%, para 34.349 pontos.
- Madri (Ibex-35, IBC): Baixa de 0,79%, para 1.314 pontos.
- Lisboa (PSI20, PSI20): Desvalorização de 0,15%, para 6.727 pontos.
A convocação de eleições antecipadas na França por Emmanuel Macron trouxe instabilidade aos mercados europeus, com quedas significativas em ações de bancos e um aumento nos rendimentos dos títulos franceses. A incerteza política na França aumenta as preocupações dos investidores sobre o futuro econômico e as taxas de juros.