Na última sexta-feira (12), os co-fundadores da Empiricus – Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden – receberam os alunos do MBA de Análise de Ações para uma super aula magna de boas-vindas aos estudantes. Além deles, estavam presentes também os analistas da Empiricus Research Caio Araujo e Matheus Spiess e o CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni.
Durante o evento, eles contaram parte de suas trajetórias como analistas e sobre a história da Empiricus, além de conversarem com os alunos sobre os desafios do mercado de ações.
“Ao criar uma casa de análise em que se tem contato direto com a pessoa física, a gente tentou desmistificar um pouco a profissão do analista e até revelar suas limitações”, compartilha Amstalden.
“Sempre buscamos cultivar uma abordagem metodológica e até filosófica no sentido de transmitir conhecimento pros nossos assinantes de que o mercado é um jogo difícil e quais são as regras desse jogo”.
Como ser um bom analista de ações?
Para Piccioni, o que diferencia um bom analista é estar em busca de constante aprendizado: “É preciso ler muito, ser curioso e entender de política – não viver a política, mas entendê-la. Porque quando vivemos a política, há muito envolvimento e você não consegue ler bem os meandros do que está acontecendo”.
O analista da gestora também acredita que a inteligência artificial pode ser grande aliada para ajudar a pensar os diferentes caminhos de tomada de decisão e para fornecer informação de todo tipo.
“É como se eu tivesse um estagiário do meu lado pra me passar informações que eu demoraria algumas horas para aprender. Você ganha uma velocidade tremenda”, comenta Piccioni.
Nesse sentido, Araujo reforça que o trabalho técnico, como cálculos, modelagem financeira, não é difícil de aprender e uma máquina pode ajudar, mas que o networking pode ser fundamental.
“O que diferencia o analista são as soft skills, como a capacidade de estabelecer relacionamento com os times de relações com investidores das empresas, participar de um café da manhã ou almoço importante com gestores, e conseguir depois repassar as informações absorvidas para o investidor de forma clara”.
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O que tem impactado o mercado de ações?
Para o sócio da Empiricus, um dos desafios do analista, por exemplo, é conseguir identificar o que exatamente impacta mais o mercado. “Arriscaria dizer que o mercado internacional, as decisões lá fora, influenciam a Bolsa brasileira em 80% e as questões domésticas uns 20%“, aposta.
Miranda corrobora essa visão falando sobre o constante adiamento das expectativas de corte de juros nos EUA: “Parece que 2024 não começa nunca nos mercados, porque até o início do ano era esperado um primeiro corte nas taxas já em março deste ano e depois mais seis. Agora já as expectativas são de dois só e já empurraram pra junho o primeiro”.
Vem aí o segundo momento o bull market?
Por outro lado, o analista-chefe da Empiricus Research acredita que estejamos vivendo uma segunda fase do bull market (como explicamos melhor nesta outra reportagem), conforme os juros caem no Brasil e os lucros das empresas aumentam.
Por fim, também respondeu a perguntas sobre o desempenho do S&P 500 e sobre a corrida para comprar ouro.
“No cenário atual, o dólar virou arma de guerra dos EUA contra a Rússia. Quando os russos mais precisaram dos US$ 500 bilhões de treasuries, os Estados Unidos tiraram o acesso. No dia seguinte, o chinês faz o que? Saca do Treasury e vai comprar ativos como bitcoin e ouro“, comenta.
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