Saiba as últimas atualizações sobre o projeto de reoneração da folha de salários no Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirma a retirada da urgência, permitindo mais tempo para discussão e negociação.
A retirada da urgência foi precedida por uma reunião entre Haddad e a relatora da proposta, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS). Ortiz, ao sair do encontro, informou aos jornalistas sobre o compromisso assumido pelo governo de retirar a urgência, visando proporcionar um ambiente mais propício para a análise detalhada da matéria.
A deputada explicou que, sem a urgência, não há mais a imposição de um prazo para a apresentação do relatório sobre a proposta. Isso significa que o debate em torno da reoneração da folha de salários ficará aberto por tempo indeterminado, permitindo uma análise mais cuidadosa dos aspectos envolvidos. Ortiz ressaltou que seu relatório atualmente propõe a manutenção da desoneração até 2027, mas também pode incluir diretrizes para os anos subsequentes.
A medida do governo vem após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prorrogar por 60 dias apenas uma parte da Medida Provisória 1.202 na semana anterior. Pacheco demonstrou disposição para discutir a proposta de reoneração do governo, indicando um ambiente receptivo para as negociações.
Vale destacar que o governo já havia tentado revogar a desoneração da folha anteriormente, por meio de um veto presidencial que foi posteriormente derrubado pelo Congresso. A deputada Ortiz ressaltou que, apesar dos debates, a desoneração não está retirando recursos do governo, embora a perda tributária estimada para este ano seja considerável, alcançando ao menos 12 bilhões de reais.
Em suma, a retirada da urgência da tramitação do projeto de reoneração da folha de salários abre espaço para um debate mais aprofundado e para a busca de um consenso que atenda tanto aos interesses do governo quanto aos das empresas e trabalhadores afetados pela medida.